O chanceler brasileiro indicou, quinta-feira, que o governo do presidente Jair Bolsonaro “se opõe claramente” à ideia de excluir a Rússia do Grupo dos Vinte, como sugerido em particular pelos Estados Unidos.
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Assistimos ao surgimento de iniciativas em diversos órgãos internacionais visando expulsar a Rússia dessas entidades ou suspender sua participação. É claro que o Brasil se opôs (…) de acordo com nossa posição tradicional a favor do pluralismo e do direito internacional”, afirmou Carlos Franca perante o Senado ao discutir as consequências da invasão russa da Ucrânia.
“O mais importante no momento é que todos esses fóruns, o G20, a OMC e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação estejam em pleno funcionamento. Para que funcionem plenamente, todos os países, incluindo a Rússia, devem estar presentes.”
O presidente dos EUA, Joe Biden, pediu nesta quinta-feira que a Rússia seja excluída do G-20, país que já foi expulso do Grupo dos Oito – agora G7 – após anexar a Crimeia em 2014.
Mas ele reconheceu que a decisão cabe ao próprio G20, formato criado para promover o diálogo entre as antigas potências industriais do Grupo dos Sete e gigantes econômicos emergentes como China, Brasil e Rússia.
A Indonésia, que preside o G20, disse na quinta-feira que permanecerá “neutro”, enquanto a China já estimou que Vladimir Putin deve ter seu lugar na cúpula marcada para o final do ano.