Nosso sistema educacional merece iniciativas ousadas. Embora alguns possam se lembrar dos dias de glória do reinado de François Legault como ministro da Educação, a ideia de realizar uma cúpula sobre educação é agora uma opção séria que deveria ser colocada na mesa de Drainville.
Enquanto muitos saudam esta proposta como uma oportunidade para redefinir o panorama educativo, outros saudam-na com uma mistura de cinismo e expectativas cautelosas. À luz deste entusiasmo renovado pela educação, examinemos as razões, esperanças e dúvidas que rodeiam esta iniciativa.
Quebec sempre teve uma relação complexa com seu sistema educacional. Por um lado, pode orgulhar-se de ter casas de excelência académica, professores dedicados e recursos educativos maravilhosos. Por outro lado, as reformas educativas anteriores deixaram por vezes um sabor de assuntos inacabados.
Neste contexto, deverá ressurgir a ideia de realizar uma cimeira sobre educação, com o objectivo de devolver a educação ao centro dos debates públicos e das prioridades políticas.
Desafios antigos e novos
A cimeira anterior sobre a educação, presidida por François Legault durante o seu mandato como Ministro da Educação, continua a ser um momento marcante na história da educação no Quebeque. Ele destacou questões como sucesso acadêmico, promoção de professores e adaptação às mudanças tecnológicas.
Se surgir uma nova cimeira, poderá ser uma oportunidade para revisitar estas questões, bem como explorar novos desafios, como o ensino à distância, a colocação de estudantes de minorias sexuais, a remoção de um ano do currículo e muito mais.
Contudo, o cinismo nunca está longe quando falamos de reformas educativas. Em caso algum esta cimeira deverá transformar-se numa plataforma política oportunista, deixando em segundo plano as necessidades educativas reais. Outros estão preocupados com a falta de acompanhamento após tais incidentes, citando recomendações anteriores que por vezes pareciam cair no esquecimento quando os holofotes desapareceram.
consenso
Apesar destas reservas, devemos avançar e estabelecer um diálogo interpartidário para evitar colocar uma geração inteira sob a guilhotina. Devemos acreditar que a educação no Quebec pode ser reimaginada, priorizando um novo espírito de inovação e criatividade na sala de aula. Devemos esperar que esta cimeira reúna diversas vozes – educadores, estudantes, pais e especialistas – para construir um forte consenso sobre o melhor caminho a seguir para o futuro educativo do distrito.
Num mundo em constante mudança, a educação deve evoluir para permanecer relevante. As competências necessárias para ter sucesso na sociedade moderna não são estáticas e os métodos de ensino devem adaptar-se em conformidade.
A Cimeira sobre Educação poderia ser uma oportunidade para lançar as bases para um sistema educativo mais resiliente, capaz de preparar a juventude do Quebeque para enfrentar os desafios e oportunidades do século XXI.H um século.
Se a cimeira conseguir ir além dos jogos políticos e centrar-se nas necessidades reais dos alunos e professores, poderá ser um catalisador para uma mudança educacional positiva e duradoura no Quebeque. A questão que permanece é: seremos capazes de desenvolver as nossas mentes jovens com a paixão e a ambição que merecem?
concessão sorridente, Estudante de Ciências Humanas do Cégep de Matane e galardoado com a Ordem do Vice-Governador