“Não vamos sofrer represálias de tipo econômico, porque temos que manter boas relações com todos os governos do mundo. E queremos poder falar com as partes em conflito”, disse o presidente mexicano AML Obrador sem rodeios durante sua tradicional entrevista coletiva diária em 1º de março.
“Não concordo com censurar a mídia da Rússia ou de qualquer país. Devemos defender a liberdade”, acrescentou, pois a União Europeia prometeu “proibir” a mídia financiada pela Rússia RT e Sputnik, e muitas redes sociais já bloquearam as contas dessas mídias em território europeu.
Na véspera, em 28 de fevereiro, o chefe de Estado mexicano havia descartado qualquer fechamento do espaço aéreo de seu país para as companhias aéreas russas. A empresa russa Aeroflot oferece um voo direto entre Moscou e Cancún, o principal destino turístico mexicano, desde novembro.
Também na América Latina, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, expressou seu “forte apoio” ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, durante um telefonema em 1º de março, “condenando a atividade desestabilizadora dos Estados Unidos e da OTAN”.
Por sua vez, o Brasil “continuará na neutralidade” e não “tomará partido” sobre a operação militar russa na Ucrânia, declarou seu presidente Jair Bolsonaro em 27 de fevereiro.