Com um remate seco da esquerda ao nível do solo, à entrada da área, aos 58 minutos de jogo, o internacional francês de 36 anos permitiu à sua equipa vencer o Fortaleza (1-0) e sair temporariamente da zona de despromoção. . Tudo isso em um estádio de São Januário lotado que gritava seu nome enquanto cantava a melodia de “Prefixo de Verão”, clássico do carnaval de Salvador da Bahia.
“Marcar meu primeiro gol diante dessa torcida é realmente incrível!“, disse o ex-Marseillais ao microfone da TV Globo, ao receber o troféu de melhor jogador em campo. “É algo que eu esperava há muito tempo, mas precisava voltar ao ritmo. Esta noite tive um pouco mais, permitiu-me estar mais presente nos últimos 30 metros“, acrescentou o camisa 10 do Vasco, que assinou contrato até junho de 2025.
Mais confortável no eixo
Uma das chaves deste sucesso: um reposicionamento do centro ao intervalo, depois de um primeiro período bastante fraco na ala esquerda. “Na sua idade, é melhor não lhe dar muitas obrigações defensivas. Deve jogar na intermediária, com mais liberdade, para aproveitar sua qualidade técnica e sua visão, se aproximar do gol e servir melhor os atacantes.“, disse à AFP Emanuelle Ribeiro, que acompanha diariamente o clube vascaíno pelo site Globo Esporte (GE).
Nas duas primeiras partidas, contra Bahia (1-1) e Fluminense (4-2), Payet não foi titular, mas deixou boa impressão ao entrar em jogo para atuar no meio, atrás dos atacantes. Sua primeira partida, pela esquerda, contra o Coritiba (5 a 1) foi bem sucedida, com uma assistência, mas não conseguiu reproduzir esse bom desempenho posteriormente e ficou no banco nas duas últimas partidas antes da pausa internacional.
Uma pausa que lhe fez bem, para voltar mais apto fisicamente para a partida contra o Fortaleza. Ele claramente precisava de tempo para se adaptar depois de ter passado muitos meses sem jogar desde que deixou o Olympique de Marseille em julho, no final de uma temporada decepcionante na França, com apenas 11 partidas como titular e 27 partidas disputadas.
Fora de campo, a adaptação parece estar indo muito bem. “As pessoas do clube contam-nos que ele já criou laços com os companheiros, apesar da barreira linguística. Ele se esforça para falar português e aprecia muito a nossa cultura, assim como a culinária brasileira“, explica Emanuelle Ribeiro. As camisas que levam seu nome com o número 10 estão vendendo como pão quente: 11 mil em pouco mais de dois meses, algo inédito em tão pouco tempo há anos, segundo fonte do clube.
“Ele é um grande jogador. Ficou muito tempo sem jogar, mas ainda vai nos trazer muita alegria“, garante Renata Cardoso, professora de 47 anos que veste uma jaqueta do Vasco com a imagem de Bob Marley perto do estádio poucas horas antes do início da partida contra o Fortaleza. Após a partida, comentários de torcedores do club carioca inundou as redes sociais.”É por isso que Payet foi recrutado, para ser decisivo em partidas complicadas“, publicado por exemplo Thiago Tuzi em