Enquanto os brasileiros serão chamados às urnas em outubro próximo para as eleições presidenciais, Jair Bolsonaro, o presidente cessante, convocou-os neste domingo a escolher “entre o bem e o mal”.
“Nosso inimigo não está fora, ele está dentro. Não é uma luta entre direita e esquerda, é uma luta entre o bem e o mal e vamos vencer”, declarou diante de milhares de seus apoiadores, em referência ao seu principal adversário político. , Lula, ex-presidente de esquerda do país (2003-2010).
Este último está, no entanto, de longe no topo das intenções de voto. De acordo com a última pesquisa do instituto brasileiro Datafolha, Lula tem 43% dos votos no primeiro turno, contra apenas 26% de Jair Bolsonaro. Uma lacuna que tende a ser reduzida, mas que permanece significativa. Algumas pesquisas até deram a Lula o vencedor no primeiro turno da eleição presidencial. Todos os outros candidatos, em especial o famoso juiz Sergio Moro, que prendeu Lula, estão todos abaixo da marca de 10%.
“Não é porque uma pesquisa mentirosa é publicada mil vezes que alguém será eleito presidente”, afirmou o presidente de extrema-direita diante da multidão, desacreditando assim as pesquisas de opinião.
Jair Bolsonaro perdeu popularidade em grande parte desde a crise da saúde, com muitos brasileiros criticando sua política de saúde. Mais de 650 mil brasileiros já morreram de Covid-19, enquanto o presidente afirmou que essa doença era apenas uma “gripezinha” e participou da desconfiança das vacinas. Ele agora tem apenas 22% das opiniões favoráveis. A título de comparação, Lula deixou o poder em 2010 com 80% de votos favoráveis.
Além de sua desastrosa política de saúde, Jair Bolsonaro tem um histórico econômico difícil de defender, com a inflação continuando a subir e que enfraqueceu muito o poder de compra dos brasileiros. Um ponto que o diferencia ainda mais de seu adversário da esquerda, que pode se gabar de um histórico econômico muito mais positivo.