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Em Buriticupu, Brasil, as voçorocas se multiplicam com o aquecimento global e agora ameaçam os moradores.
No brasilos moradores os apelidam de “voçorocas”, entendendo a “terra rasgada”. Ao redor da cidade de Buriticupu, construída na encosta do morro, 26 crateras gigantes parecem engolir casas e ruas. Este fenómeno surgiu na década de 1990, mas agravou-se com a força das alterações climáticas e das chuvas cada vez mais intensas. De momento não há registo de mortes, mas o avanço das “voçorocas” preocupa quem vive à beira do precipício. “Pedaços de terra estão caindo. Faz a casa tremer”, testemunha um homem. Assim como ele, centenas de moradores estão em perigo.
Uma crise social
Diante da emergência, a cidade declarou “estado de calamidade pública” e chamou o governo para o resgate. Foram lançadas auditorias, até agora sem sucesso. Entretanto, os serviços sociais estão a vasculhar os bairros da classe trabalhadora em busca de soluções temporárias. “Temos um total de 320 famílias na lista de emergência. Cada vez que a cratera aumenta, adicionamos nomes à lista”, indica uma assistente social. Para os geógrafos que estudam os solos da região, não há dúvidas. É a urbanização descontrolada da cidade que gradualmente secou o solo.