Nas férias de verão na ilha da Marambaia, base militar no estado do Rio de Janeiro que serve de local de férias oficial dos presidentes brasileiros, o líder de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva não parou de trabalhar. . O Chefe de Estado aproveitou a sua estadia para visitar, quarta-feira, 3 de Janeiro, o quilombo local, uma comunidade de descendentes de escravos composta por 440 habitantes, relatórios Folha de São Paulo. Aproveitou a oportunidade para ouvir as suas reivindicações em termos de melhor acesso à escola e aos serviços de saúde.
“Não podemos esquecer o que já aconteceu em nosso país, principalmente a exploração e o sofrimento causado aos negros e indígenas. Só assim poderemos construir um Brasil melhor e mais digno para o seu povo”, ele então postou nas redes sociais.
Entre 1837 e 1852, Joaquim Breves (1804-1889), um dos maiores traficantes de escravos do Brasil, utilizou a ilha como local de quarentena: a mão-de-obra africana ali se recuperou após a longa travessia, antes de ser enviada para as plantações de café. Pouco antes de morrer, o homem declarou que queria legar as suas terras aos escravos então ali presentes, compromisso que a sua família, então a Marinha Nacional, que ali se instalou em 1971, não respeitou.