Mas o que acontece com o Ajax? Último no Campeonato Holandês, com apenas uma vitória desde o início da temporada, o lendário clube de Amsterdã atravessa uma crise sem precedentes. As rivalidades internas dentro da gestão, a luta pelo poder, a má gestão da equipa principal e das finanças, a dança dos treinadores, a rebelião dos adeptos fanáticos: a descida ao inferno dá arrepios a todos os adeptos do futebol. Porque para os puristas, o Ajax é uma verdadeira referência histórica. Ninguém esqueceu, é claro, a era gloriosa da década de 1970, quando, sob o comando de Johan Cruyff, sinfonias reais eram improvisadas na grama.
Assim como o Real Di Stefano, o Puskas da Hungria, o Pelé do Brasil, o Milan van Basten ou o Barcelona de Messi, o Ajax marcou uma época ao desenvolver um futebol versátil, inovador e até revolucionário. Melhor ainda: sempre perpetuou alguma forma de excelência graças ao seu centro de formação único, um verdadeiro terreno fértil para jovens talentos. Devemos lembrar que em 2019 a equipa de Agacides ainda disputava, com a sua classe de vidro, as meias-finais da Liga dos Campeões depois de eliminar o Real e a Juventus em particular? Hoje, encontrar este lendário clube nos cuidados intensivos e ameaçado de rebaixamento é claramente doloroso. Pode ser um simples desconforto que anuncia um novo nascimento…