Com a inflação brasileira chegando a dois dígitos, as greves no setor público se tornaram mais frequentes nos últimos meses, atrapalhando o dia a dia do governo e causando dores de cabeça para o presidente Jair Bolsonaro, que busca a reeleição em outubro.
A greve ocorre quando o presidente do banco central, Roberto Campos Neto, está em Miami em férias pré-agendadas.
Trabalhadores do Banco Central do Brasil votaram na segunda-feira por uma greve indefinida a partir de 1º de abril, citando demandas não atendidas por um aumento salarial.
Em comunicado, Fabio Faiad, presidente do sindicato dos trabalhadores do SINAL, disse esperar que 60-70% dos trabalhadores se juntem à greve.
O banco central disse na sexta-feira que sua Pesquisa Focus com economistas não será divulgada dentro do cronograma da próxima semana, assim como os dados sobre fluxos de moeda e contas de poupança brasileiras. Ela não disse quando a publicação será retomada.
Em seu comunicado nesta sexta-feira, Faiad também lamentou quando Campos Neto tirou férias.
“Infelizmente, em um momento tão importante, o presidente do banco central saiu de férias para Miami, o que não nos ajuda em nada a encontrar uma solução para esta crise”, disse Faiad.
Campos Neto, que está de férias desde quinta-feira, se reuniu virtualmente com representantes dos trabalhadores na terça-feira, mas Faiad disse que o encontro foi “um fiasco”, sem nenhuma proposta.
O banco central não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
O sistema de pagamentos Pix do banco central tem sido um grande sucesso no Brasil e recebeu aclamação internacional. O sistema é gratuito para pessoas físicas e permite pagamentos e transferências instantâneas.
Apenas 15 meses após seu lançamento, já foi utilizado por 114 milhões de pessoas no Brasil – 67% da população adulta – movimentando 6,7 trilhões de reais (US$ 1,36 trilhão) e recentemente superando o patamar dos cartões de crédito. crédito e débito.