As autoridades brasileiras aumentaram o número de desaparecidos de 25 para 46 depois que um furacão devastador varreu o sul do país na segunda-feira, matando pelo menos 41 pessoas, de acordo com um novo relatório divulgado na sexta-feira.
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As buscas continuam para tentar encontrar os desaparecidos, conforme confirmado pela Segurança Civil do estado do Rio Grande do Sul, o mais meridional dos 27 estados do Brasil, em comunicado à imprensa.
As fortes chuvas e os ventos fortes provocados pelo furacão obrigaram mais de 11 mil pessoas a abandonarem as suas casas. Mais de 147 mil pessoas foram afetadas, de acordo com as últimas estimativas.
Muitos edifícios foram destruídos e cidades foram inundadas. As autoridades afirmaram que 87 municípios foram afetados no total e informaram que 223 pessoas ficaram feridas.
Agência de imprensa francesa
Na quinta-feira, o governador do estado do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, visitou o município de Mocum, o mais atingido, onde pelo menos 15 pessoas foram mortas e cerca de 30 desaparecidas, e prometeu reconstruí-lo rapidamente.
“Garantiremos a reconstrução destas cidades, das suas infra-estruturas e da vida destas pessoas”, disse Light numa conferência de imprensa, estimando as necessidades de reconstrução da infra-estrutura rodoviária em cerca de 20 milhões de dólares.
Agência de imprensa francesa
Quase 1.000 equipes de resgate e cerca de uma dúzia de helicópteros foram mobilizados como parte das operações de resgate, que se tornaram complicadas na quinta-feira, depois que duas pontes desabaram e várias estradas foram parcial ou totalmente fechadas.
E as autoridades esperam que o clima instável continue na região até a manhã de sábado, “devido à aproximação e ao avanço de uma frente fria” do vizinho Uruguai.
Agência de imprensa francesa
O Brasil testemunha frequentemente eventos climáticos extremos e os cientistas os associam aos efeitos das mudanças climáticas.
Em junho, um furacão matou pelo menos 13 pessoas no mesmo estado do Rio Grande do Sul.
Em fevereiro, 65 pessoas morreram em deslizamentos de terra causados pelas chuvas recordes que atingiram São Sebastião, balneário a cerca de 200 km de São Paulo, no sudeste do país.