“O objetivo da aliança (com o Telegram) é combater conteúdos falsos relacionados à justiça eleitoral, ao sistema de votação eletrônica, ao processo eleitoral em suas diversas etapas e aos atores envolvidos”, disse o mais alto tribunal eleitoral do Brasil em comunicado à imprensa. .
O Telegram, o popular serviço de e-mail amplamente usado pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e suas redes sete meses antes da eleição presidencial, em um país atormentado pela desinformação, está sob pressão judicial no Brasil há meses.
O TSE queria que o Telegram se juntasse ao “programa duradouro de combate à desinformação eleitoral”, como fizeram Twitter, TikTok, Facebook, WhatsApp, Google, Instagram, YouTube e Kwai em fevereiro.
O anúncio desse acordo, que visa evitar que eleições sejam interrompidas por desinformação como em 2018, ocorre depois que um juiz da Suprema Corte decidiu na semana passada proibir o Telegram por não responder a liminares.
Essa decisão acabou não sendo implementada, pois o aplicativo que mais cresce no Brasil, instalado em 53% dos celulares do país, acabou sucumbindo às demandas judiciais. Em particular, retirou uma postagem de agosto de 2021 em que Bolsonaro questionava a confiabilidade do sistema de votação eletrônica do Brasil em vigor desde 1996 e nomeando um representante legal no Brasil.
O Telegram é uma pedra angular da estratégia de campanha de Bolsonaro, que visa sua reeleição em outubro e defende a liberdade de expressão ilimitada.
Há meses, ele tenta reunir seus seguidores no Telegram, onde tem mais de 1 milhão de seguidores e muitos grupos de apoio.
Diferente de outros apps, o app permite grupos de até 200.000 pessoas, canais de usuários ilimitados e muito pouca moderação de conteúdo, o que aumenta muito o potencial viral de informações falsas.