Lula, condenado por corrupção, não deveria poder concorrer às eleições presidenciais? Isto é um erro

Lula, condenado por corrupção, não deveria poder concorrer às eleições presidenciais?  Isto é um erro
  • Às vésperas do primeiro turno das eleições presidenciais no Brasil, muitos internautas se perguntam se o candidato do Partido dos Trabalhadores poderá concorrer devido à pena de prisão por corrupção em 2017.
  • Lula foi efetivamente condenado em 2017, e a sentença foi confirmada em recurso em 2018, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
  • Esta condenação foi anulada pelo Supremo Tribunal Federal em 2021, após revelações em 2019 de discussões do juiz responsável pelo caso, Sergio Moro, provando que não tinha provas concretas contra o ex-presidente brasileiro.

É a extensão da casa Brasil. A primeira rodada de… Eleição presidencial No maior e mais influente país da América do Sul. Desde o início da campanha eleitoral, estas eleições testemunharam uma polarização entre o candidato cessante e o candidato de extrema-direita. JairBolsonaroE LolaPresidente de 2003 a 2010 e candidato de esquerda.

Se o segundo for o candidato mais provável, com as pesquisas de opinião se aproximando dos 50% no primeiro turno, muitos internautas se rebelam contra a possibilidade de o ex-presidente concorrer por causa de seus recentes problemas com… Justiça.

“Lula é corrupto e deveria estar preso. Como ele pode concorrer à presidência?” Acusações de corrupção contra Luis Inácio Lula da Silva (seu nome completo) estão se espalhando nas redes sociais, mas são infundadas… uma história complicada. 20 minutos Faça uma observação.

De falso

Sim, no dia 12 de julho de 2017, Lola foi Ele foi julgado e condenado Nove anos de prisão sob a acusação de “corrupção negativa e lavagem de dinheiro” no chamado “ Lava gato “. Era suspeito de receber subornos na adjudicação de alguns contratos públicos. Em recurso, o ex-presidente, então candidato do Partido Trabalhista nas eleições presidenciais, foi novamente condenado em 2018, desta vez a doze anos de prisão e posteriormente preso.A decisão vem acompanhada de pena de inabilitação, o que o impedirá de concorrer nas eleições vencidas por Jair Bolsonaro em novembro do mesmo ano.

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O ex-sindicalista foi então julgado no famoso caso “Lava Jato”, considerado o maior escândalo jurídico da história brasileira. Em 2014, obteve justiça num caso de corrupção e lavagem de dinheiro em torno da empresa petrolífera estatal brasileira, Petrobrás. O caso, que começou com a escuta telefónica do proprietário de um posto de gasolina (brincando assim com a lavagem de dinheiro), atingiu os mais altos níveis do país, levando à prisão de dezenas de altos empresários, bem como à demissão de vários ministros e Deputados. Chegou ao ponto de incitar a demissão da presidente Dilma Rousseff, próxima de Lula, em 2016.

Uma investigação complexa e brutal

O zeloso juiz encarregado desta investigação, Sergio Moro, que se tornou um herói para milhões de brasileiros, prometeu “limpar” o país. Com o apoio financeiro e logístico da Estado unidoSergio Moro usou todas as forças à sua disposição para prender um grande número de pessoas. Seus métodos muitas vezes surpreendentes (prender Lola ao vivo na televisão, transmitir uma conversa telefônica entre Lola e… Dilma Roussef (transmissão ao vivo) e muitas vezes ilegal (escutas telefônicas sem autorização, ocultação de fatos para manter o controle do arquivo), aos poucos o transformaram em um personagem local de Elliot Ness em parte do Brasil, mas ele duvidou da sinceridade de sua abordagem.

Sua honestidade ruiu quando ele concordou, em 2019, em se tornar ministro da Justiça no governo de Jair Bolsonaro, cuja eleição ajudou a superar múltiplas prisões nos maiores partidos do país.

O juiz admite que não há provas concretas

No mesmo ano, o caso tomou um rumo completamente diferente. 1º de junho, jornal de investigação Brasil interceptadorevelar Inscrições datadas de 2017 Onde Sergio Moro e vários investigadores responsáveis ​​pela conspiração do caso contra Lula. A intenção era clara: impedi-lo de concorrer às eleições presidenciais de 2018. Outras conversas privadas, provenientes de serviços de mensagens como WhatsApp ou Telegram, mostram que o juiz e a sua equipa não conseguiram encontrar provas conclusivas contra o candidato trabalhista, mas mesmo assim decidiram para acusá-lo no caso Lava Jato.

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Nas 218 páginas de seu relatório de sentença, examinado após essas revelações, ficamos sabendo que o próprio Sergio Moro limitou a condenação do ex-presidente por acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro a “fatos não especificados”. Obviamente, sem provas reais do seu envolvimento. Com efeito, acrescenta em anexo que “nunca foi confirmado que os valores obtidos pela OAS graças aos contratos celebrados com a Petrobras tenham sido utilizados para pagar benefícios indevidos ao ex-presidente”. »

Em 2021, à luz de todos esses fatos, o Supremo Tribunal Federal do Brasil declarou que o Tribunal de Curitiba, onde Sergio Moro era juiz, tinha “incompetência” para decidir sobre esses casos e anulou as condenações de Lula, restaurando seus direitos políticos e tornando-o elegível para um Terceiro termo.




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