Se os discursos latino-americanos podem se orgulhar dos seis prêmios Nobel de Literatura conquistados pelos escritores de língua espanhola, a chilena Gabriela Mistral em 1945 e Pablo Neruda em 1971, o guatemalteco Miguel Angel Asturias em 1967, o mexicano Octavio Paz em 1990 e o colombiano. Gabriel García Márquez em 1982 e Mario Vargas Llosa em 2010, ninguém ainda entrou na Academia Francesa. Então foi feito e não poderia ter sido feito porque Vargas Llosa aos 85 anos ultrapassou o limite de dez anos desde 2010 e todas as suas obras são escritas em espanhol, mesmo sendo fluente em francês. Além disso, ele não tem cidadania francesa, mas isso não é uma deficiência real.
Assim, foi eleito para a presidência de Michel Ceres, falecido em 1º de junho de 2019, como o 18º presidente que é a presidência de Alexis de Tocqueville, Marechal Ferdinand Foch e Philippe Petain além de Edgar Faure.
Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu em 28 de março de 1936 em Arequipa, no sul do Peru, passou a infância em Cochabamba, na Bolívia, voltou ao Peru e estudou na Academia Militar de Lima. Ele vai se beneficiar desta experiência “A Cidade e os Cães”, seu primeiro sucesso literário, que será traduzido em vinte línguas. Em 1955, casou-se com sua tia dez anos mais velha que ele, irmã da esposa de seu tio, episódio que o inspirou a “Tia Júlia e a Escritora”. Ele estudou literatura e direito na Universidade de San Marcos em Lima e, em seguida, artes na Universidade de Madrid. Publicou sua primeira coleção de contos “The Pimp” em 1959. Em seguida, mudou-se para Paris, onde exerceu várias profissões. A revolução cubana o tenta, e se ele se afastar dela, a amizade entre ele e Gabriel García Márquez nunca se recuperará. Retornando ao Peru, foi candidato da Frente Democrática de Opiniões Liberais nas eleições presidenciais de 1990. Alberto Fujimori o derrotou, deixou o país e retomou suas atividades literárias. Ele obteve a cidadania espanhola em 1993. Em 2010, ele recebeu o Prêmio Nobel de Literatura “por seu mapeamento das estruturas de poder e seus retratos nítidos da resistência individual, revolução e fracasso”. Em 3 de fevereiro de 2011, foi nomeado pelo Rei Juan Carlos Marques de Vargas Llosa.
Em 2016, tornou-se o primeiro autor de língua estrangeira a entrar na Biblioteca Pléiade durante a vida, uma seleção de romances em dois volumes. “Essa notícia comoveu-me mais do que a entrega do Prêmio Nobel”, disse, acrescentando que foi o melhor presente possível em 80 anos … Foi o terceiro autor latino-americano a entrar no famoso grupo, depois de Jorge Luis Borges e Octavio Paz . . Ele foi premiado com os prêmios literários de maior prestígio do mundo espanhol, Príncipe das Astúrias, Planeta, Cervantes e outros. Ele é membro de várias academias, incluindo a Royal Spanish Academy, a Brazilian Academy, a American Academy of Arts, Sciences and Letters ou a Peruvian Academy of Language. Ele também possui cerca de 40 doutorados honorários concedidos em todo o mundo. Ele escreveu dezenas de romances, contos e peças que atestam sua paixão pela literatura.
Em setembro de 2021, ele apareceu na tradução de Albert Ben Susan do “Wild Times” sobre o golpe militar orquestrado pelos Estados Unidos na Guatemala em 1954 para destituir o presidente Jacobo Arbenz do poder. “Queria prestar homenagem ao herói trágico de nossa história que tentou realizar uma reforma jurídica em seu país, que fez dos Estados Unidos um exemplo, mas foi destruído pelos próprios Estados Unidos em caso de ‘tremenda injustiça’.” É uma espécie de sequência do filme “La fête au Bouc” de 2002, onde descobrimos que a ditadura dominicana Rafael Leônidas Trujillo foi assassinado em 30 de maio de 1961.
Assim explica o que disse ao mundo dos livros em 2008 “Não aceito que a literatura seja interessante, mas sim sofisticada e sofisticada. Se é entretenimento, deve ser problemático”.
