(Xinhua/Li Rui)
Nova York, 29 nov (Xinhua) — O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse na terça-feira que a China e o Brasil deveriam aproveitar o 50º aniversário das relações bilaterais no próximo ano para elevar sua parceria a um novo nível.
Wang, que também é membro do Politburo do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez o apelo durante seu encontro com seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira.
Ao transmitir as cordiais saudações do presidente chinês, Xi Jinping, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ele previu que 2023 será um ano importante na história das relações China-Brasil.
No 100º dia do seu mandato, Lula fez uma visita frutuosa à China e manteve uma comunicação estratégica profunda com Xi, alcançando consensos importantes, disse Wang, acrescentando que os dois lados mantiveram intensos intercâmbios de alto nível, reforçaram vigorosamente as políticas políticas. confiança mútua e promoveu a cooperação mútua em vários domínios.
Por sua vez, Vieira disse que o Brasil atribui grande importância às suas relações com a China e está pronto para trabalhar com a China para implementar o importante consenso alcançado pelos dois chefes de Estado e celebrar juntos o 50º aniversário no próximo ano do estabelecimento de relações diplomáticas entre os dois países. dois países.
Ele acrescentou que o lado brasileiro espera manter intercâmbios de alto nível com a China, fortalecer a cooperação em diversas áreas e incentivar o desenvolvimento das relações bilaterais.
Os dois lados trocaram opiniões sobre o conflito israelo-palestiniano. Wang disse que a China e o Brasil são parceiros estratégicos abrangentes e sempre mantiveram uma estreita coordenação nos assuntos multilaterais.
Observando que o conflito israelo-palestiniano estava hoje no centro das atenções globais, ele disse que, como presidente rotativo do Conselho de Segurança das Nações Unidas no mês passado, o Brasil desempenhou um importante papel de mediação.
Desde que assumiu a presidência rotativa este mês, a China pressionou ativamente o Conselho de Segurança para agir e adotar a sua primeira resolução sobre a atual ronda do conflito israelo-palestiniano, disse Wang.
Mas este é apenas o primeiro passo, observou ele, acrescentando que a China e o Brasil devem esforçar-se por alcançar um novo consenso no Conselho de Segurança e pressionar por um cessar-fogo. o fogo abrangente e duradouro entre a Palestina e Israel, a libertação dos cativos e o regresso à solução de dois Estados como a solução fundamental para o conflito israelo-palestiniano, acrescentou.
A retomada dos combates não deve ser permitida, pois levaria a uma catástrofe humanitária ainda mais grave, alertou o ministro chinês.
Agradecendo à China por ter tomado a iniciativa de convocar uma reunião de alto nível do Conselho de Segurança da ONU, Vieira disse que será uma reunião importante e que o Presidente Lula tem a responsabilidade de participar.
O lado brasileiro concorda com a posição da China. O cessar-fogo temporário deve primeiro ser prorrogado e, em última análise, a coexistência pacífica entre a Palestina e Israel deve ser alcançada através da solução de dois Estados, disse ele.
O Brasil espera que a China exerça a sua influência e desempenhe o seu papel de liderança, dizendo que está disposto a trabalhar em estreita colaboração com a China para instar o Conselho de Segurança a tomar novas medidas e fazer ouvir uma voz unânime e clara, acrescentou. FIM