Neymar e Marquinhos se opõem à organização da Copa América no Brasil

Neymar e Marquinhos se opõem à organização da Copa América no Brasil

De acordo com o diário argentino La Nación, seis jogadores brasileiros estão em processo de redação de um comunicado pedindo o cancelamento da Copa em solo brasileiro. Na manobra Thiago Silva, Casemiro, Marquinhos, Neymar, Allison e Danilo. Responder terça-feira

Um balão envenenado, num contexto de decisão política

Já a organização da competição havia sido retirada da Colômbia, por causa da instabilidade política e da crise social que o país atravessa. Foi mais tarde, a Argentina que se retirou da organização da Copa, com uma epidemia de Covid em ascensão. Paraguai, Chile e Estados Unidos se ofereceram para sediar o evento, mas para surpresa de todos, a CONMEBOL escolheu o Brasil. A notícia saltou na América Latina, com o mal-entendido mais total, principalmente na Argentina, privada de competição, enquanto seu vizinho brasileiro já vivia uma situação gravíssima com a pandemia.

No Brasil, onde o país enfrenta essa crise sem fim. O número de mortos está disparando, com um presidente que desde o início nega a gravidade da situação e não toma medidas para proteger seu povo. Políticos como o senador Renan Calheiros já desafiaram jogadores, inclusive Neymar para boicotar a competição. Muitos veem nessa escolha uma manobra política do presidente brasileiro, para resgatar uma imagem junto à população e ocultar o dramático destino do país. Outros opositores acreditam que a situação econômica do Brasil é incompatível com a imagem da Copa: uma festa esportiva, enquanto milhares de famílias dormem na rua depois de perderem o emprego. O presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, agradeceu ao amigo Jair Bolsonaro:

“A Copa América será no Brasil! Gostaria de agradecer em particular ao presidente Bolsonaro e seu gabinete por sediar o torneio de seleção nacional mais antigo do mundo ”

No Brasil, os políticos da oposição exigem uma prestação de contas do Ministério da Saúde, para conhecer os protocolos sanitários. A Colômbia também foi impedida de organizar a competição por se recusar a receber torcedores nos estádios e solicitou o adiamento. O mesmo caso para a Argentina. Objeção recusada pela CONMEBOL que quer ver torcedores nos estádios. Jair Bolsonaro, portanto, aceitou a condição: a Copa deve ser disputada com público (a bitola inicial era de 30% da capacidade do estádio). No entanto, a situação atual do Brasil sugere que será impossível ver torcedores nas arquibancadas. No momento, apenas especula-se sobre a final, que pode acontecer com 10 mil torcedores no Estádio do Maracanã.

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Os jogadores querem ser ouvidos

Um ex-parisiense, Edinson Cavani, acompanhado por seu amigo uruguaio Luis Suarez solicitou publicamente que os jogadores fossem incluídos nessas discussões. “Os jogadores não têm voz nem voto” havia declarado o Matador, ao nosso colega uruguaio Marcos Vitette, no programa 2 de punta. Casos cúmplices estão disparando na América Latina, enquanto o continente se prepara para retornar no inverno. O capitão da seleção, Casimero anunciou publicamente que a decisão final dos jogadores brasileiros será anunciada na terça-feira.

Apesar dessas posições contra a competição, muitos jogadores menos conhecidos querem que a Copa América seja mantida, o que é benéfico para sua imagem e carreira … mas também para sua carteira.

A Copa América começa no dia 13 de junho com a abertura Brasil-Venezuela, às 23h, horário da França.

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