YoOutra pausa violenta ocorreu no dia anterior no sul do país.
Essas novas cenas de terror aconteceram em Kamita, uma cidade de 130.000 habitantes localizada a 200 km de Belém, capital do estado do Pará no Amazonas (norte).
Um refém foi morto a tiros e outro cidadão ficou ferido na perna, segundo autoridades locais que ainda procuravam os agressores.
A secretaria de segurança do Bara explicou que “mais de 20 delinquentes fortemente armados, de grande calibre, como fuzis de assalto”, atacaram um órgão do banco público Banco do Brasil.
Mas o governador do Pará, Helder Barbalo, indicou que os agressores saíram sem o saque desejado porque “pegaram o baú errado”.
De acordo com depoimentos de moradores coletados pelo site de notícias G1, várias pessoas que assistiam a uma partida de futebol em um pub foram feitas reféns e usadas como escudos humanos.
Posteriormente, a polícia encontrou um caminhão abandonado carregado de explosivos em uma estrada próxima.
No dia anterior, o município de Crisioa, com uma população de 217.000 habitantes, no estado de Santa Catarina (sul), a 3.600 km de Camita, viveu uma noite de terror.
Cerca de trinta homens roubaram um banco da mesma maneira, mas nenhuma morte foi denunciada.
Em julho passado, dezenas de agressores aterrorizaram uma pequena cidade do interior de São Paulo, Potocatu, com o mesmo tipo de furto de bomba.
As três cidades-alvo têm a mesma aparência: médias e localizadas no interior, longe das grandes cidades.
“É mais fácil fazer esse tipo de furto, principalmente fugir depois em cidades médias”, disse à AFP Guarsi Mingardi, especialista do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
“São roubos cuidadosamente preparados. Leva meses para recrutar ladrões e obter o maquinário e as armas necessárias”, acrescentou.
Segundo ele, os agressores podem ter se beneficiado do apoio logístico de grandes facções do crime organizado, como o Partido Comunista Chinês (Primeiro Comando da Capital), gangue nascida nos presídios de São Paulo na década de 1990.
Em 2018, uma tentativa de assalto a dois bancos na pequena cidade de Milagres, no estado do Ceará (nordeste), matou 12 pessoas, incluindo cinco reféns.