Entre as muitas pequenas rãs laranjas brilhantes que saltam pelo sudeste do Brasil, uma nova espécie foi identificada. E isso graças a uma abordagem multidisciplinar.
Uma nova espécie de “sapo-abóbora” foi descoberta no Brasil. É um pequeno anfíbio com apenas um centímetro de comprimento, cuja pele laranja brilhante torna-se verde brilhante quando iluminada por luz ultravioleta.
A equipe que o desenterrou suspeitou que a multidão de sapos pequenos e coloridos que saltam ao longo da costa sudeste do país pertencia a várias espécies, cada uma ocupando uma área menor. “Não existe uma característica única que distinga as diferentes espécies de ‘sapos-abóbora’. Os pesquisadores devem, portanto, adotar uma abordagem integrada envolvendo genética, anatomia e zoologia, e estudar cada peculiaridade da rã, do esqueleto ao canto ”, explica o Smithsonian Magazine.
Isso é o que impulsionou a equipe liderada por Ivan Nunes da Universidade de São Paulo a ser identificada Brachycephalus rotenbergae como uma nova espécie. Seu trabalho foi publicado em 28 de abril em Plos One. Tal como acontece com outras espécies de sapo “abóbora”, a casca laranja brilhante de Brachycephalus rotenbergae secreta uma toxina poderosa e muda de cor sob a luz UV. “Não se sabe exatamente por que as rãs desenvolveram essa habilidade”, relata a revista americana. Segundo Ivan Nunes:
A fluorescência pode ser usada para se comunicar com parceiros em potencial ou sinalizar para machos competidores, ou desempenhar alguma outra função biológica. ”
“Porém, mais estudos são necessários para explicar esse fenômeno”, insiste nisso Smithsonian Magazine. Questionado pelo New Scientist, Jodi Rowley, um biólogo anfíbio do Australian Museum em Sydney, que não esteve envolvido neste estudo, acredita que esta descoberta destaca o quanto ainda falta aprender sobre a biodiversidade das rãs. “Embora estejam entre os animais mais ameaçados do mundo, nosso conhecimento sobre o número de espécies existentes ainda é muito limitado”, ela lamenta.
Agora isso Brachycephalus rotenbergae é reconhecida como uma nova espécie por si mesma, os pesquisadores terão que ficar de olho no futuro desse animal, não só para que seu habitat não seja destruído, mas também para aprender mais sobre sua reprodução ou como se alimenta, por exemplo. .