O crescimento económico brasileiro abrandou para 0,4% no terceiro trimestre, um aumento menor do produto interno bruto do que nos dois trimestres anteriores, segundo dados oficiais divulgados quinta-feira. Este valor fica abaixo das expectativas dos analistas consultados pelo diário económico Valor, que esperavam um crescimento de 0,6% no período julho-setembro.
O PIB da maior economia da América Latina cresceu 1,1% no primeiro trimestre e 1,2% no segundo trimestre. Apesar desta desaceleração, o Brasil regista o quinto trimestre consecutivo de crescimento, depois de ter sido duramente atingido pela crise da Covid-19. Os analistas esperam que o crescimento no terceiro trimestre seja afetado pelo nível muito elevado da taxa diretora (13,75%) e pelo contexto internacional desfavorável.
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Em setembro, o banco central do Brasil encerrou um ciclo de 12 aumentos consecutivos na taxa básica de juros, chamada Selec, graças a uma recente queda na inflação. O terceiro trimestre no Brasil foi marcado pela campanha para as eleições presidenciais, que Luiz Inácio Lula da Silva venceu em 30 de outubro contra o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro. Analistas consultados pela última pesquisa Focus do Banco Central esperam crescimento de 2,81% em 2022.