(Washington) O ex-advogado da Casa Branca de Donald Trump concordou em testemunhar dois anos depois sob acusações de obstruir uma investigação sobre a influência russa na campanha republicana do bilionário, anunciou a justiça dos EUA na quarta-feira.
Don McGann, que foi advogado da Casa Branca entre 2017 e 2018, até agora evitou o Comitê Judiciário da Casa, que exigia que seu depoimento fosse ouvido após a investigação de Mueller sobre a influência de Moscou.
O democrata Jerry Nadler, presidente deste comitê, comentou: “Quando o ex-presidente prometeu lutar contra todas as convocações para seu governo, ele deu início a uma campanha de obstrução perigosa e sem precedentes.”
“Hoje começamos a pôr fim a esta era de obstrução”, disse o chefe da comissão por trás do processo de impeachment iniciado contra Donald Trump. Foi rejeitado por testemunhas importantes, como Don McGann.
Após quase dois anos de extensa investigação, o relatório do procurador-geral Robert Mueller não revela qualquer conluio entre a equipe de campanha de Trump e as forças russas.
Por outro lado, mostrou que pessoas próximas a Donald Trump haviam feito inúmeros contatos com mediadores russos e que a Rússia havia interferido na campanha presidencial com a intenção de favorecer o candidato republicano.
Entre outros fatos limitantes, o relatório Mueller acusa Donald Trump de pedir a Don McGann que demitisse o procurador-geral Mueller de sua posição como assessor especial do Departamento de Justiça em 2017, que ele alegou que McGann rejeitou.
O tribunal, que anunciou o depoimento muito esperado de McGann na quarta-feira, disse que seria mantido em segredo, de acordo com o acordo que o advogado chegou com o comitê.
No entanto, o texto literal do testemunho será tornado público.
Mesmo que McGann confirme as tentativas do ex-presidente de bloquear o caso, o resto do caso contra Donald Trump permanece obscuro.