A flexibilização das medidas de saúde em Quebec contribuiu para o recente aumento dos casos de COVID em Quebec, e esse ressurgimento foi inevitável.
• Leia também: Ministro Federal dos Assuntos Governamentais infetado com COVID-19
• Leia também: Bloco do MP está em isolamento devido ao COVID-19
Assim pensa Benoit Barbeau, professor do Departamento de Ciências Biológicas da Universidade de Quebec em Montreal (UQAM) e especialista em virologia. Segundo ele, o aumento de casos também se explica pelo aumento da transmissibilidade da subvariável BA.2.
“Temos que aprender a conviver com o vírus, com suas variantes e subvariáveis. Estamos trabalhando para aumentar os contatos, para que as chances de transmissão sejam maiores”, confirma.
De acordo com os dados mais recentes do Instituto Nacional de Saúde Pública de Quebec, a província registrou um aumento de 2.203 casos na sexta-feira. Há duas semanas, o número de novos casos diários era inferior a 1.400.
Não devemos pensar que a quinta onda foi a última. Mesmo que estejamos agora na sexta onda, não acho que esteja no mesmo nível da quinta onda”, irrita-se o especialista.
Ele acredita que os quebequenses devem permanecer otimistas graças à “imunidade residual na população após o Omicron e a cobertura vacinal”.
bem mais agressivo
Segundo ele, mais esforços devem ser feitos para aumentar os testes de PCR e aumentar a oferta de locais de teste.
“Temos que ser mais proativos em relação às infecções. O governo de Quebec deve ser mais agressivo na tentativa de entender melhor a situação epidemiológica”, diz Barbeau.
Para a quarta dose, será importante sobretudo para pessoas propensas a infecções.
“No nível da população em geral, não podemos considerar receber uma dose adicional da vacina a cada 3-4 meses, especialmente porque esta vacina é semelhante ao vírus original”, diz ele.