O presidente Jair Bolsonaro voltou às manchetes. Este último lançou dúvidas sobre as eleições no Brasil, declarando a algumas centenas de milhares de apoiantes reunidos para um grande dia de mobilização em São Paulo que não poderia “participar na farsa”.
O presidente de extrema direita, que todas as pesquisas de opinião prevêem que será derrotado nas eleições de outubro de 2022 pelo ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, apelou mais uma vez a uma mudança no atual sistema de votação eletrónica, alegando que foi ele quem o liderou. Por fraude.
O chefe de Estado declarou: “Queremos eleições democráticas limpas, com contagem pública dos votos”. “Não posso participar de uma farsa como a promovida pelo presidente do Tribunal Superior Eleitoral.”
Contra o voto eletrônico
Bolsonaro afirma, sem provas, que o voto eletrônico, em vigor no Brasil desde 1996, está contaminado por fraudes, e que deveria ter sido eleito no primeiro turno em 2018.
Isto exige que cada voto electrónico seja validado com um recibo impresso para permitir uma recontagem em caso de disputa. Um sistema que, segundo especialistas, favorece especificamente a fraude.
Essas declarações ocorrem no momento em que Jair Bolsonaro tentava reunir multidões de apoiadores nas principais cidades do Brasil para obter apoio em seu confronto perante o Supremo Tribunal Federal.
Várias investigações foram abertas contra ele, especialmente sob a acusação de divulgação de informações falsas.
“Diga aos bandidos que nunca serei preso”, desafiou.