O que sabemos sobre a alternativa brasileira em 7 questões

O que sabemos sobre a alternativa brasileira em 7 questões

Postado no sábado, 17 de abril de 2021 às 7h

Covid19. A França anunciou esta semana a suspensão dos voos do Brasil, até 19 de abril, devido à situação sanitária neste país, que preocupa a circulação da variante P1 do SARS-CoV-2.

Essa forma mais contagiosa e perigosa do Coronavirus surgiu em dezembro na região de Manaus, na região amazônica. É particularmente preocupante devido à sua resistência à vacina contra Covid-19, mas continua a ser uma minoria muito pequena na França.

1. Estamos certos em nos preocupar?

A variante P1 brasileira ainda é mal compreendida, mas levanta muitas preocupações. “Essas preocupações se justificam, porque a variante P1 já é mais contagiosa e se espalhou em alta velocidade. No Brasil, que é um país enorme, onde a epidemia está totalmente fora de controle. ”, Explica L.France Press Agency Natalia Pasternak, Microbióloga e Diretora do Instituto Questoise de Sencia (Questões Científicas), Brasil.

2. Onde está localizado?

O P1 apareceu em dezembro passado na região de Manaus, na Amazônia, mas apareceu Foi identificado pela primeira vez como uma nova variante apenas em janeiro, no Japão, Está entre os viajantes que já residiram nessas regiões do Norte do Brasil.

Também atingiu diversos países da América do Sul (Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Peru, Bolívia ou Venezuela), além dos Estados Unidos, Canadá, Alemanha e França.

3. Por que é mais contagioso?

Como a variante sul-africana, carrega a mutação E484K, que de acordo com alguns estudos, Pode levar à reinfecção mais do que outras cepas, Mais anticorpos são necessários para combatê-lo.

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Também possui várias deleções (mutações genéticas caracterizadas pela perda de uma porção do DNA no cromossomo) na proteína spike, que é a proteína por meio da qual o vírus entra nas células para infectá-las.

“É um pouco como se fosse uma chave mestra que pode abrir muitas fechaduras ao mesmo tempo.”, Explica L.France Press Agency Partícula de Orellana é pesquisadora do Instituto Fiucruz, Brasil. “Do ponto de vista epidemiológico, essa variável pode desestabilizar áreas onde há pouco controle sobre a circulação do vírus, fazendo com que os hospitais fiquem supersaturados” em áreas mal equipadas como a região de Manaus, que sofre de hipóxia aguda. Em janeiro.

4. A variante P1 é mais perigosa?

Nenhum estudo conclusivo ainda foi publicado para provar que a variante P1 é mais letal. Em estudos preliminares, Jesem Orellana descobriu este P1 não resultou em uma maior taxa de mortalidade Em pacientes atendidos em hospitais de Manaus, em comparação com o pico da primeira onda, em abril de 2020.

Isso está de acordo com dois estudos publicados esta semana, que afirmam que a variante “britânica” do Coronavirus não causa formas mais graves de Covid-19.

Segundo a pesquisadora, se o número de mortos explodiu no Brasil nas últimas semanas é por causa da saturação dos hospitais, “porque essa alternativa é mais contagiosa, mas também porque a população está relaxada, o que diminui a adesão às medidas restritivas . ”

5. As vacinas são eficazes?

Boas notícias recentes sobre esta alternativa: estudos preliminares mostram isso A vacina chinesa CoronaVac, mais utilizada no Brasil, é eficaz contra P1, assim como a vacina Pfizer e AstraZenecaÉ injetado principalmente na França.

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6. Qual é a situação no Brasil?

A situação sanitária continuou a piorar no Brasil desde fevereiro, devido ao surgimento desta espécie local. Já está presente em toda a região, embora os dados disponíveis em nível nacional sejam insuficientes para avaliar o percentual de poluição. Infelizmente, a vigília de saúde no Brasil é uma das piores do mundo Em termos de sequenciamento, não é por acaso que a variante P1 foi descoberta no Japão ”, lamenta Jessim Orellana.

A circulação descontrolada do vírus levou a outras mutações, com outras variantes emergindo da mesma cepa, como P2, particularmente prevalente no Rio de Janeiro, ou P4, e emergindo recentemente na região de Belo Horizonte, no estado vizinho de Minas Gerais. Para Jesem Orellana, “o Brasil se tornou um laboratório diversificado ao ar livre”.

“O ideal seria combinar confinamento e vacinação em massa, como no Reino Unido ou em Israel”, disse Natalia Pasternak, para evitar a disseminação dessas variáveis. E ela insiste: “Mas também não temos, por falta de vontade política de conter e doses insuficientes de vacinação”, apontando o dedo da culpa – “Falta de coordenação nacional” por parte do governo do presidente Jair BolsonaroIsso continuou a minimizar a epidemia.

“Se as autoridades fossem as responsáveis, teriam colocado Manaus sob cobertura, como a China fez com Wuhan. Em vez disso, temos levado pacientes a outros estados para abrir hospitais”, lamenta Jasim Orellana.

7. Qual é a situação na França?

A variável P1 responde por apenas 0,5% da nova poluição na França urbana. Segundo o ministro da Saúde, Olivier Ferrand, a poluição responde por “80% da variável de origem britânica” e “Pouco menos de 4% das variantes brasileira e sul-africana.”

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