(Washington) A vacilante cápsula espacial Starliner da Boeing pode enfrentar mais atrasos depois que a empresa disse na quinta-feira que está trabalhando para consertar problemas com válvulas de oxidação no sistema de propulsão.
O último lançamento da espaçonave para a Estação Espacial Internacional, agendado para 4 de agosto, foi cancelado devido a problemas com o sistema de propulsão, e ainda não está claro quando o próximo vôo de teste será agendado.
“Nos últimos dois dias, nossa equipe gastou o tempo necessário para acessar e testar as válvulas impactadas com segurança, sem que a janela de lançamento fosse ditada por nossa velocidade”, disse John Vollmer, vice-presidente e gerente geral da Starliner.
A empresa disse em um comunicado que uma nova data de lançamento será anunciada quando a espaçonave estiver pronta.
Este incidente é o mais recente para a Boeing desde seu contrato com a NASA para transportar astronautas para a órbita baixa da Terra.
Depois de encerrar seu programa de ônibus espaciais em 2011, a NASA garantiu os serviços da Boeing e da SpaceX para que não precisassem de foguetes russos para chegar à Estação Espacial Internacional.
É fundamental que a Boeing conclua com sucesso sua missão de vôo não tripulado à Estação Espacial Internacional antes que possa transportar seus astronautas com segurança.
A SpaceX já realizou três missões tripuladas, trazendo pelo menos uma dúzia de astronautas à estação espacial, incluindo o francês Thomas Pesquet, a bordo de sua nave Crew Dragon.
Por sua vez, a Boeing ficou para trás. Em dezembro de 2019, durante o primeiro voo de teste, um problema de software causou um problema com os propulsores.
O Starliner não tinha combustível suficiente para chegar à Estação Espacial Internacional e teve que retornar à Terra prematuramente. Em seguida, uma investigação mostrou que a cápsula quase sofreu uma grave anomalia de voo ao entrar na atmosfera.
A NASA chamou a missão de “chamada de alta visibilidade”, um nome raro reservado para voos que chegaram perto de um desastre.