Os números são impressionantes. Mais de 150 golfinhos ameaçados de extinção morreram em águas brasileiras. Especialistas foram enviados ao local para salvar os últimos sobreviventes.
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Água a 39°C
As populações locais descreveram o cenário como apocalíptico: dezenas e dezenas de golfinhos e peixes, flutuando, mortos, na superfície do Lago Téfé. Se vários caminhos forem estudados, como doenças e contaminação de águas residuais, os cientistas estão principalmente inclinados para o aquecimento global. É preciso dizer que este lago seco ultrapassou as temperaturas de um banho quente (37°C), chegando a 39°C.
Há vários meses, o Brasil tem enfrentado condições climáticas excepcionalmente extremas, consequência das mudanças climáticas causadas pelo homem e do fenômeno El Niño. Áreas de terra no sul do país foram inundadas por intensas chuvas torrenciais, enquanto o norte está ressecado por uma estação seca invulgarmente severa.
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Uma operação de resgate montada
Para salvar os 400 golfinhos amazônicos e golfinhos Tucuxi (também chamados de “golfinhos do Orinoco”) ainda presos nas águas rasas e superaquecidas do Lago Téfé, especialistas de diversas organizações foram enviados ao local. Entre essas organizações, o Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal, que veio com equipamentos especializados, incluindo macas, etiquetas de satélite e produtos veterinários.
“Com a expectativa de que a estação seca atinja o pico nas próximas duas semanas, o pior pode ainda estar por vir, A bióloga do IFAW Kira Kasper disse em um comunicado. Mesmo depois desse período, esses animais continuarão estressados e precisando de ajuda. Chegamos preparados com o equipamento necessário para enfrentar qualquer desafio que possamos encontrar no campo.”
A equipa do IFAW vai passar pelo menos duas semanas em Téfé, trabalhando com socorristas locais para melhor avaliar a situação e possíveis estratégias para tentar salvar os golfinhos.
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