E se a estreia bem-sucedida de Dimitri Payet no Vasco da Gama fizesse outros franceses quererem exilar-se? Em qualquer caso, o potencial existe.
Dimitri Payet
Chegando ao Vasco da Gama em agosto, quando o clube estava no rebaixamento, Dimitri Payet trouxe imediatamente sua experiência e toque técnico. O Vasco segue com três vitórias consecutivas, a última contra o América Mineiro, concorrente direto (1 a 0). Contra o Coritiba (novo clube de Islam Slimani), o ex-craque do OM contribuiu para a vitória (5-1) com um passe decisivo. A paixão dos adeptos convenceu-o a optar por este desafio único no antigo clube de Romário e Juninho, vencedor da Taça Libertadores de 1998. Tem ainda aulas de português e a sua integração é facilitada pela presença do guarda-redes Leo Jardim.
Júnior Kingue
Muito poucos franceses tentaram a sorte no Brasil. Muito, muito pouco. Talvez Xavier Dupont de Ligonnès, e novamente! Antes de Payet, encontramos vestígios de um certo Junior Kingue. Produto puro da Ile-de-France que passou pelo Red Star, ele tentou a aventura brasileira em 2017, após tentativas sem sucesso em Ajax e Feyenoord. Há poucas informações sobre sua carreira, mas treinou bem nas categorias de base do Atlético Paranaense e depois no Santos. O defesa-central declarou na altura a sua admiração por um jovem avançado do clube: Rodrygo. “Alguma coisa acontece quando ele toca na bola. Ele pode realmente ter uma grande carreira. » Para Junior Kingue o resto será mais complicado.
Carlos Hembert
Fevereiro de 2021: Charles Hembert, 29, torna-se o primeiro campeão francês do Brasil. Ele era então… auxiliar técnico do lendário Flamengo, vencedor da Copa Intercontinental de 1981 contra o Liverpool. Este viajante, oficial de ligação da delegação camaronesa durante a Copa do Mundo no Brasil, ingressou então em uma agência responsável pela organização dos amistosos da seleção brasileira. Um encontro muda sua vida: o goleiro Rogério Ceni, aposentado, que se torna técnico do São Paulo em 2017. O início de uma rica jornada pela terra do futebol e pelo estádio do Maracanã: “Mesmo vazio, continua imponente e é um privilégio excepcional evoluir lá. »
Thiago Silva
Morou tanto tempo na França que esquecemos que Thiago Emiliano da Silva nasceu no Rio de Janeiro em setembro de 1984. Uma linda história de amor com o PSG que o levou à naturalização francesa, assim como a esposa e os filhos. Sua naturalização liberou um valioso lugar extracomunitário no clube, mas Thiago sempre disse que estava ligado à cultura francesa e planejava encerrar sua carreira lá antes de sua saída forçada para o Chelsea.
Brice Samba Do Brasil
Com um nome desses, Brice Samba deveria ser brasileiro. Ele também tem nível para ocupar o lugar de Ederson no Manchester City e na seleção, mesmo que a concorrência de Alisson seja tenaz. O samba exige que todas as partes do corpo sejam dançadas corretamente, e o goleiro do Lensois usa todas elas para fazer suas muitas defesas. O lateral Julien Le Carnaval, do Rio Mavuba e do Brest, completam este pódio de futebolistas franco-brasileiros que nunca jogaram no Brasil.