As autoridades ucranianas anunciaram na quinta-feira à noite que as forças russas deixaram a usina de Chernobyl, que ocupavam desde o início da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro.
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“Não há mais estrangeiros (em serviço) dentro da usina nuclear de Chernobyl”, disse a agência estatal da Ucrânia para gerenciar a área da estação no Facebook, o local do pior desastre nuclear civil da história.
Um pouco antes, a agência havia indicado que as tropas russas começaram a deixar a fábrica, localizada a cerca de cem quilômetros ao norte de Kiev.
A agência, depois de deixar a fábrica, foi acusada de “saquear prédios e roubar equipamentos e outros objetos de valor”.
Segundo a mesma fonte, especialistas ucranianos vão agora inspecionar a planta em busca de possíveis “dispositivos explosivos improvisados”.
A AIEA, desde 9 de março, parou de receber dados ao vivo de Chernobyl. No domingo, ela estava preocupada com a falta de rotatividade de funcionários na fábrica desde 20 de março.
Um reator na usina de Chernobyl explodiu em 1986 contaminando a maior parte da Europa, especialmente Ucrânia, Rússia e Bielorrússia. Apelidada de zona de exclusão, a área dentro de um raio de 30 quilômetros ao redor da usina ainda está fortemente poluída e permanentemente proibida de se viver.
Seu último reator operacional foi fechado em 2000. O reator danificado, que é coberto com uma carcaça de aço resistente e contém magma altamente radioativo, é constantemente monitorado por profissionais.
Dois centros de armazenamento de combustível nuclear também estão localizados na zona de exclusão.