Pelo menos 113 mortos em Petrópolis, inundações no Brasil

Pelo menos 113 mortos em Petrópolis, inundações no Brasil

Moradores de vários bairros dessa cidade de 300 mil habitantes, localizada em uma região serrana a 60 quilômetros ao norte do Rio de Janeiro, foram chamados no final da tarde por alarmes e mensagens de texto para irem ao abrigo com parentes ou em abrigos. Por causa da quantidade de chuva que cai na cidade e vai continuar, moderada a forte, pelas próximas horasDisse a defesa civil local.

Pelo menos duas ruas foram fechadas e seus moradores evacuados após um deslizamento de terra pedrasAs equipes de resgate acrescentaram que não houve feridos.

Esta nova queda ocorre após 48 horas de chuvas torrenciais que transformaram as pitorescas ruas desta cidade turística em rios de lama, destruíram casas e carregaram dezenas de carros e ônibus com seus passageiros.

À medida que os enterros das vítimas se sucediam no cemitério municipal, na quinta-feira, socorristas e voluntários continuaram a vasculhar a lama e os escombros em busca das pessoas desaparecidas, com uma esperança cada vez mais fraca de encontrá-las vivas.

Infelizmente, será difícil encontrar sobreviventes. Perante esta situação, é praticamente impossível, mas devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para poder devolver os corpos às famílias.Coberto de lama, Luciano Gonçalves, o voluntário de 26 anos, disse à AFP.

Você tem que tomar muitas precauções porque ainda existem áreas de perigoAmeaçado por deslizamentos de terra, acrescenta.

A busca por sobreviventes continua.

Foto: AP/Sílvia Izquierdo

Segundo as autoridades, cerca de 500 bombeiros, auxiliados por centenas de voluntários, foram mobilizados para fazer buscas nas ruínas.

O número de faltas permanece não especificado; Assim, apenas 41 corpos foram identificados, segundo a TV Globo, até o momento. A polícia local relatou 116 desaparecidos, contra 35 relatados pelo procurador-geral.

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Sansão de Santo Domingo, cabo da Polícia Militar que esteve presente para ajudar os socorristas, conseguiu na quinta-feira resgatar um pequeno cachorro cinza em meio aos escombros de uma casa no topo de uma colina.

Ele ficou com medo, até tentou me morder quando cheguei. Defendeu suas terras, porque sabia que seus senhores estavam enterrados embaixo, na lama.Explique essa condicional.

Na quinta-feira, 700 pessoas já estavam reunidas em abrigos improvisados, a maioria escolas públicas.

O presidente Jair Bolsonaro, que está em visita oficial à Rússia no início da semana, e depois à Hungria na quinta-feira, deve voar para Petrópolis na sexta-feira, ao retornar ao Brasil, para sobrevoar as áreas afetadas.

Aquecimento global e urbanização aleatória

A cidade recebeu mais chuva em poucas horas na noite de terça-feira do que a média de um mês inteiro em fevereiro, de acordo com a agência meteorológica MetSul.

O Governador do Estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, nesta quarta-feira, imediatamente durante entrevista coletiva, estimou que são Pior precipitação em volume desde 1932.

Nesta estação chuvosa, o Brasil foi atingido por chuvas particularmente mortais, nos estados da Bahia (nordeste), Minas Gerais e São Paulo (sudeste), que os especialistas associaram ao aquecimento global.

Segundo os cientistas, à medida que a Terra aquece, o risco de chuvas fortes aumenta.

Essas chuvas, associadas em particular no Brasil à urbanização muitas vezes selvagem, favorecem inundações e deslizamentos de terra mortais.

Garotinho carregando uma mala de viagem.

Muitas famílias viram suas casas arrasadas por deslizamentos de terra.

Foto: AP/Sílvia Izquierdo

Com suas imponentes casas antigas, a antiga residência de verão da Corte Imperial é um destino que atrai um grande número de visitantes em busca de história, caminhadas pela natureza nas montanhas e vegetação exuberante, além de um clima ameno.

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Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram em enchentes e deslizamentos de terra em uma vasta área que inclui Petrópolis e as cidades vizinhas de Nova Friburgo, Itaipava e Teresópolis.

O número de mortos pelas chuvas torrenciais desta terça-feira já superou o número de mortos em 2011 em Petrópolis, quando 73 pessoas morreram.

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