A gigante da carne está considerando novos investimentos na Arábia Saudita, disse a J&F, controladora da fabricante de alimentos JBS SA, na terça-feira, enquanto uma delegação do governo brasileiro, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, se reúne com autoridades locais para estimular os laços comerciais. Wesley Batista, membro da família fundadora da JBS desde Riad, disse, segundo o comunicado: “A cada dia estamos mais e mais interessados em explorar a possibilidade de fazer investimentos muito mais significativos do que havíamos considerado no passado .” .
A J&F, que tem interesses nos sectores alimentar, mineiro, papel e celulose e energia, disse que a JBS tem uma fábrica em Dammam e outra unidade em construção em Jeddah. Assim que a fábrica de Jeddah estiver operacional, a JBS aumentará sua capacidade de produção na Arábia Saudita para 40 mil toneladas de produtos processados de frango anualmente, quatro vezes os níveis atuais, disse a J&F.
A Arábia Saudita é a maior economia do Oriente Médio e o principal parceiro comercial do Brasil na região, com transações bilaterais no valor de mais de US$ 8 bilhões em 2022, segundo a J&F.
O Brasil, principal exportador mundial de carne halal produzida de acordo com as exigências dietéticas islâmicas, está entre os exportadores de carne mais eficientes do planeta.
BRF, Minerva e Marfrig também vendem produtos na região do Golfo e representam forte concorrência para a JBS.
“O setor alimentar é a nossa principal área de cooperação”, disse Khalid Al-Falih, Ministro do Investimento saudita, num comunicado da J&F.
Ele disse que a Arábia Saudita quer alcançar a “segurança alimentar” e tornar-se um “centro global” no sector da carne. (Reportagem de Roberto Samora, edição de Ana Mano, edição de Margarita Choy)
