Protestos no Brasil contra o manejo do vírus Covid pelo Bolsonaro

Protestos no Brasil contra o manejo do vírus Covid pelo Bolsonaro

BRASÍLIA / RIO DE JANEIRO (Reuters) – Milhares de pessoas se manifestaram em várias cidades do Brasil no sábado para denunciar o manejo da pandemia de COVID-19 pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, acusando-o de atrasar a obtenção de vacinas para a população. Critique o uso de máscaras.

O pedágio epidêmico devido ao novo coronavírus SARS-CoV-2 deve ultrapassar 500.000 mortes no sábado no país de 210 milhões de pessoas. Segundo dados do Ministério da Saúde, 11% dos brasileiros já estão totalmente vacinados e 29% já receberam a primeira dose.

O diretor da Pfizer para a América Latina disse a um comitê do Senado que investiga o gerenciamento da pandemia nesta semana que ele se ofereceu repetidamente para vender sua vacina COVID entre agosto e novembro do ano passado, sem receber uma resposta do governo brasileiro.

Segundo duas fontes entrevistadas pela Reuters, o então ministro da Saúde Eduardo Pazuelo, que foi substituído no mês passado em meio a uma torrente de críticas à lenta campanha de vacinação, não respondeu porque preferiu se concentrar nas vacinas britânicas e chinesas produzidas no Brasil. No entanto, problemas de produção e abastecimento têm desacelerado a produção dessas vacinas em solo brasileiro.

“Estamos protestando contra o governo genocida em Bolsonaro, que não comprou vacinas e não fez nada para cuidar de seus moradores por um ano”, disse Aline Rabelo, uma manifestante brasileira de 36 anos em Brasília, capital federal.

Segundo a TV Globo, protestos estouraram na tarde de sábado em pelo menos 44 cidades do país.

Os organizadores deste dia de protesto prometeram quebrar recordes de público. Mas no Rio de Janeiro ou em Brasília, a multidão na manhã de sábado parecia menor do que nos protestos anti-Bolsonaro anteriores em 29 de maio.

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(Leonardo Pinsato em Brasília e Sergio Queiroz no Rio; versão francesa de Jean-Stefan Bruce)