O grupo de teste para o estudo foi de 1.500 pessoas imunocomprometidas no Brasil que haviam contraído COVID-19 recentemente e estavam em uma categoria de alto risco de doença grave. Metade do grupo tomou fluvoxamina em casa por 10 dias, enquanto o restante recebeu um placebo.
Entre os participantes que receberam antidepressivos (100 mg duas vezes ao dia por 10 dias), 11% necessitaram de hospitalização ou assistência médica prolongada, em comparação com 16% que receberam um placebo – representando uma redução de 32% no risco relativo.
Os resultados promissores podem ser uma bênção em países de baixa renda, onde a distribuição da vacina não tem sido tão rápida como nos países mais ricos, e os atuais tratamentos COVID permanecem proibitivamente caros para a população em geral.
“Esperamos que isso salve muitas vidas”, disse o Dr. Edward Mills, que ajudou a liderar a pesquisa, à The Associated Press.
No entanto, ainda há dúvidas sobre a quantidade de dose adequada de antidepressivos para os sintomas de COVID. Os pesquisadores também continuarão a estudar a eficácia da fluvoxamina misturada com outros tratamentos genéricos de baixo custo. Os pesquisadores acrescentaram que mais evidências são necessárias para provar seu benefício em pessoas vacinadas, porque a maioria dos participantes do estudo não foi vacinada.
Os pesquisadores compartilharam suas descobertas com os Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos e esperam receber uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a fluvoxamina.