Nascer do sol com o Cristo Redentor em primeiro plano em 24 de março de 2021 Carl de Sousa
A icônica estátua do Cristo Redentor que domina o Rio de Janeiro nesta terça-feira comemorou seu 90º aniversário com uma missa e o lançamento de um samba e um café de cachaça, a aguardente brasileira.
A cerimônia religiosa, inicialmente planejada aos pés da estátua colossal, foi realizada na Catedral Metropolitana, no centro do Rio, devido ao mau tempo.
O arcebispo da cidade, Orani Tempesta, disse durante a missa do prefeito Eduardo Paes.
O bispo acrescentou: “Ainda vivemos a epidemia, mas com um olhar otimista graças à vacinação. As nuvens negras do ano passado estão se dissipando”.
Mais de 58% da população do Rio de Janeiro, de quase sete milhões, foi vacinada contra o vírus Covid-19, que matou 600.000 pessoas no Brasil desde o início da pandemia.
Antes do surto da Covid-19, a estátua de 38 metros de altura, localizada no topo do Morro do Corcovado, recebia quase dois milhões de visitantes por ano. Foi fechado entre março e agosto de 2020. Agora é necessário um certificado de vacinação para acessá-lo.
Marcando seu 90º aniversário, a colossal estátua Art Déco foi objeto de um programa de restauração, notadamente sua pintura.
Para a ocasião foi lançado um samba intitulado “Alma Carioca, Cristo Redentor” (Ame carioca, Cristo Redentor), além de uma cuvée de cachaça onde a imagem da famosa estátua aparece nos rótulos das garrafas.
Em 1921, a Igreja Católica organizou um concurso para a construção de um monumento religioso no centenário da independência do Brasil (1822). O engenheiro brasileiro Heitor da Silva Costa venceu o concurso e se dedicou dez anos ao projeto. A estátua foi executada pelo francês Paul Landowski.
O memorial foi inaugurado em 12 de outubro de 1931. Em 1973, foi declarado monumento histórico e em 2007 foi classificado entre as Sete Maravilhas do Mundo Moderno.