Na sexta-feira, os Serviços de Segurança Russos (FSB) anunciaram a detenção de dois russos acusados de fornecer informações de inteligência à Ucrânia, especialmente sobre a localização das forças de Moscovo que participaram no ataque ao país vizinho.
Desde o início do conflito, há quase dois anos, as autoridades prenderam vários russos suspeitos de colaborar com Kiev para transmitir informações ou preparar atos de sabotagem.
Estas duas pessoas, cujas identidades não foram determinadas, foram detidas em Rostov-on-Don, uma cidade do sul, perto da Ucrânia, que se tornou um centro de operações para as forças russas.
Os serviços russos afirmaram num comunicado de imprensa que eram suspeitos de cometer “alta traição”, um crime punível com até 20 anos de prisão, e foram colocados em prisão preventiva.
As autoridades confirmaram que contactaram um membro dos serviços especiais ucranianos e “transmitiram-lhe informações sobre a participação das forças armadas russas” no ataque à Ucrânia.
Mediante pagamento, os dois russos forneceram dados sobre a “localização de equipamento militar e pessoal” do exército, segundo o Serviço Federal de Segurança.
Além de prender cidadãos suspeitos de trabalhar para Kiev, a justiça russa pune severamente os críticos do ataque à Ucrânia.
Milhares de russos comuns foram multados ou condenados a longas penas de prisão por este motivo desde Fevereiro de 2022.