Sábado, 8 de junho de 2024 às 18h54
Lima – A imprensa peruana comentou a posição manifestada sexta-feira pelo Brasil, que saudou os esforços sérios e credíveis de Marrocos para avançar no sentido de uma resolução da disputa sobre o Sahara marroquino, sublinhando que o gigante sul-americano faz assim parte de uma “dinâmica internacional ” a favor do reconhecimento da iniciativa de autonomia do Sahara como uma solução realista para esta disputa.
Assim, o diário “La Razon” escreve que o Brasil acaba de se juntar a “mais de 110 países (que) apoiaram nos últimos anos a iniciativa de autonomia que Marrocos propõe no Sahara como a única solução realista e credível para esta disputa regional”.
O autor do artigo, Ricardo Sanchez Serra, observa que entre esses países estão “Estados Unidos, Espanha, Alemanha, França e quase todos os países árabes. Da mesma forma, mais de 30 países abriram consulados em Dakhla e Laayoune, prestando apoio a Marrocos.”
Para o jornal peruano, estes países “compreenderam que já não pode haver Estados falidos no mundo, como deseja a Argélia (…), onde a população saharaui é sequestrada em Tindouf e usada pela Polisario como bucha de canhão.
“La Razon” acrescenta que “o Brasil, e recentemente o Japão, aderiram a esta dinâmica internacional de reconhecimento da solução realista e séria” apresentada pelo Reino.
Por sua vez, o site de informações “Guik”, primeiro jornal digital do Peru, escreveu que a posição brasileira foi expressa em comunicado conjunto, adotado após entrevista em Rabat entre o ministro das Relações Exteriores, Cooperação Africana e marroquinos residentes no exterior, Nasser Bourita, e seu homólogo brasileiro, Mauro Vieira, que se encontra em visita oficial ao Marrocos.
O site da federação de jornalistas peruanos “fpp.org.com” também dedicou um comentário à decisão brasileira, lembrando que este país, que presidiu o Conselho de Segurança das Nações Unidas em outubro de 2023, durante a adoção da resolução 2.703, acaba de “reiterou o seu apoio aos esforços da ONU para alcançar uma solução política e mutuamente aceitável para a questão do Sahara marroquino”.