(Moscou) Vladimir Putin disse na sexta-feira que defendeu “resolutamente” os interesses da Rússia em 2021, ano em que renovou as tensões com os Estados Unidos, enquanto parabenizava seus compatriotas pelo Ano Novo.
“Defendemos com firmeza e consistência nossos interesses nacionais, a segurança de nosso país e de nossos cidadãos”, disse Putin em seu tradicional discurso na televisão todo dia 31 de dezembro à meia-noite na Rússia.
O país abrange 11 fusos horários, e as províncias mais orientais já comemoraram o início do Ano Novo, muito antes da região de Moscou.
Os comentários de Putin foram feitos um dia depois de uma entrevista de alto risco por telefone com seu homólogo americano, Joe Biden, no contexto da escalada das tensões em toda a Ucrânia.
Kiev e os países ocidentais acusam a Rússia de concentrar suas forças nas fronteiras da Ucrânia em antecipação a uma possível invasão, acusação que Moscou nega.
E o Kremlin respondeu em sua reunião de quinta-feira, com Biden ameaçando Putin com amplas sanções no caso de um ataque, o que seria um “erro fatal”.
O presidente russo, que está no poder desde 1999, também abordou a crise de saúde ligada à COVID-19, já que a Rússia é um dos países mais afetados do mundo, especialmente num contexto de vacinação lenta.
“Esta doença insidiosa custou a vida a dezenas de milhares de pessoas”, lamentou, acrescentando que o “principal objetivo” do seu governo para o próximo ano é “melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos residentes”.
A Agência Nacional de Estatísticas da Rússia (Rosstat) relatou na quinta-feira mais de 87.000 mortes ligadas ao COVID-19 apenas em novembro, um recorde para aquele país.
De acordo com Rosstat, mais de 600.000 pessoas morreram de COVID-19 na Rússia até agora, quase o dobro do número oficial do governo.