A taxa de desemprego no Brasil continuou a diminuir, caindo para 7,9% no período de maio a julho, o nível mais baixo para este período do ano em nove anos, anunciou o instituto de estatísticas IBGE na quinta-feira.
Esta é a quarta descida consecutiva desta taxa, calculada trimestralmente, que ascendeu a 8% no período de Abril a Junho. Não foi tão baixo no período de maio a julho desde 2014, quando atingiu 7%.
A queda é de 1,2 ponto em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu 9,1%. O instituto estima o número de desempregados na maior economia da América Latina em cerca de 8,5 milhões durante o período de maio a julho, ou 1,36 milhão a menos que no ano passado.
No entanto, esta melhoria foi marcada por um aumento dos empregos precários: 39,1% da população activa trabalhava no sector informal, ou 38,1 milhões de pessoas, em comparação com 38,9% há três meses.
O governo do presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, que iniciou seu terceiro mandato em janeiro, espera criar dois milhões de empregos até o final deste ano. Há três semanas, Lula, que governou o Brasil de 2003 a 2010, decidiu criar dois milhões de empregos até ao final deste ano. Relançou um importante programa empresarial de grande escala, o novo “Pacto para Aceleração do Crescimento (PAC)”, com R$ 1,7 bilhão de investimentos públicos e privados planejados (cerca de € 317 bilhões).
O rendimento médio dos trabalhadores brasileiros foi de 2.935 reais de maio a julho (cerca de 550 euros), um aumento de 5,1% num ano, enquanto a inflação subiu para 3,99% nos últimos 12 meses.