Este estudo foi realizado durante a pandemia em 300 crianças com idades entre 3 e 5 anos durante o ano letivo. Os pesquisadores analisaram especificamente o tempo gasto em frente às telas e a frequência de explosões de raiva ou frustração.
“O nível de raiva e frustração nas crianças de quatro anos prevê um aumento no uso de tablets aos cinco anos”, explicou Carolyn Fitzpatrick, professora da Universidade de Sherbrooke, que liderou esta pesquisa.
Segundo a especialista, os pais utilizam os ecrãs “como ferramenta de gestão de emoções negativas” e não “como estratégia de regulação de emoções internas”.
Mas, como pai, pode ser difícil estabelecer limites diariamente. É por isso que Fitzpatrick diz que é importante adotar certas estratégias desde o início. Ela explicou: “Podemos adotar um plano de uso de telas, antes que as crianças comecem a usá-las”. “Os pais também podem criar boas rotinas.”
Os pediatras também recomendam não expor crianças menores de dois anos às telas, exceto em casos excepcionais, como videochamadas curtas.
“Recomendamos uma hora por dia para todas as telas para crianças de 2 a 5 anos”, concluiu o professor em entrevista.
Assista ao relato de Alexandra Barry no vídeo.