De acordo com estudo publicado este mês na revista Relatórios Científicos, um grupo de pesquisadores acaba de identificar uma nova espécie de sagui na Amazônia brasileira. A descoberta foi feita pela equipe de Rodrigo Costa-Araújo, cientista associado ao Museu Paraense Emílio Goeldi, relata Geo, mardi.
Chamado ouistiti de Schneider ou Mico Scheinderi, o animal já era conhecido desde a década de 1990, mas até agora foi confundido com outra espécie: o sagui Mico Emiliae. Os pesquisadores finalmente conseguiram fazer a distinção graças, em particular, a uma expedição de campo, bem como à coleta de novas amostras e novas análises geográficas.
Tenho o prazer de compartilhar meu último artigo, no qual descrevemos o Mico schneideri, uma espécie de sagui da Amazônia nova para a ciência que leva o nome do professor Horacio Schneider, e discutimos a taxonomia de outras 5 espécies do gênero Mico. Grátis em: https://t.co/kgFJxrCxnP
Foto: Ivan Batista pic.twitter.com/k0SNHCVM2Z– Rodrigo Costa Araújo (@Costa_AraujoR) 4 de agosto de 2021
19 espécies de sagui evoluem atualmente na Amazônia
À primeira vista, as duas espécies se parecem e ambas têm uma pelagem castanha mais ou menos escura. Mas, de acordo com o estudo dos pesquisadores, o sagüi de Schneider, que tem cerca de 20 centímetros sem a cauda, se destaca graças à presença de tons laranja distintos em seus membros. Além disso, os dois animais evoluem em diferentes áreas do estado de Mato Grosso, no Brasil.
Atualmente, 19 espécies de sagui estão evoluindo na Amazônia, de acordo com o relatório dos pesquisadores. No entanto, apesar de todos os dados coletados em campo, os cientistas são incapazes de avaliar o tamanho da população e a evolução do Mico Scheinderi. Até agora, “não há medidas de conservação para responder à perda de habitat e declínios populacionais que os saguis sofrem porque são pouco estudados”, lamentam.
Portanto, não é possível neste momento determinar se esta nova espécie de sagui está ameaçada de extinção. No entanto, isso é provavelmente devido ao intenso desmatamento e outras mudanças em seu habitat. A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) classificou esses primatas como “Pouco Preocupantes” ou “Vulneráveis”.