O ex-astro do futebol brasileiro Ronaldinho, 43, negou na quinta-feira que estivesse vinculado a uma empresa suspeita de fraude com criptomoedas que usava sua imagem em anúncios.
O vencedor da Bola de Ouro compareceu perante uma comissão parlamentar de investigação que o convocou como testemunha e o apresentou como fundador e sócio da empresa “18K Ronaldinho”.
Esta empresa prometia retornos de investimento astronómicos, até 400% ao longo de um ano, mas várias centenas de clientes apresentaram queixas de fraude, exigindo indemnizações num total de mais de 300 milhões de reais brasileiros (cerca de 56 milhões de euros).
O ex-jogador do Paris Saint-Germain e do Barcelona confirmou no início do seu depoimento, que durou cerca de duas horas: “Ao contrário do que disse esta comissão de investigação, não sou fundador nem sócio da empresa 18K Ronaldinho”. Ronaldinho afirmou que em 2016 assinou contrato com a marca americana de relógios 18K Watches, dedicando-lhe a sua foto para uma campanha publicitária.
Mas segundo ele, as imagens filmadas durante esta campanha foram utilizadas sem o seu consentimento pela empresa de investimento em criptomoedas. “Usaram meu nome de forma inadequada”, confirmou o campeão mundial de 2022, que testemunhou vestido de preto, chapéu e óculos escuros. Absteve-se de responder à maioria das perguntas dos deputados, graças a uma decisão judicial que lhe permitiu permanecer calado caso fosse levado a julgamento.
Ronaldinho compareceu perante a comissão parlamentar depois de faltar a duas convocações anteriores. Os deputados ameaçaram pedir à polícia que o prendesse e o levasse à força se ele não comparecesse para depor na quinta-feira.
Em 2020, ficou detido por mais de cinco meses no Paraguai em um caso de passaportes falsos.
