O Presidente da Federação Internacional de Voleibol (FIVB), Ari Graça, participa do torneio de vôlei da FIVB na favela, no Rio de Janeiro, no dia 2 de agosto de 2016 por Leon Niall
A busca de quinta-feira foi realizada na casa brasileira do presidente da FIVB, Ari Graça, que é suspeito de ser membro de uma rede de peculato e lavagem de dinheiro, disseram os promotores.
A polícia também invadiu a sede da Federação Brasileira de Voleibol (CBV), no Rio de Janeiro, chefiada por Ari Graça de 1997 a 2012, antes de ele assumir as rédeas da Federação Internacional.
Nove outros ex-líderes da CBV foram alvos de investigação do Ministério Público do Rio, além de personalidades políticas e empresários.
Segundo a promotoria, Ari Grassa é suspeito de apropriação indébita de dinheiro pago pelo principal patrocinador do CBV, o banco público Banco do Brasil, e lavado por meio de contratos fictícios com empresas fantasmas.
A investigação, iniciada em 2013, diz respeito à suposta instalação dessas empresas fictícias em Saquarema, balneário onde fica o centro de treinamento das seleções de vôlei e vôlei de praia, a 100 quilômetros do Rio de Janeiro.
A residência do ex-prefeito de Saquarima, Antonio Perez Alves (2002-2008), também foi revistada. Ele é suspeito de ter aprovado decisões que permitem condições fiscais para ajudar a estabelecer empresas de fachada.
A rede criminosa transferiu cerca de 52 milhões de riais (cerca de US $ 10 milhões), segundo a Polícia Civil do Rio, que realizou as buscas.
A CBV confirmou que seus agentes foram à sua sede e disse que ela foi uma “vítima de ex-dirigentes”.
Os advogados de Ari Graça disseram que seu cliente, que mora em Lausanne, onde fica a sede da FIVB, ficou “surpreso” com a busca em sua casa no Rio de Janeiro.
Segundo eles, o senhor Grassa já “deu todas as explicações necessárias” à justiça e “está à disposição das autoridades”.
O voleibol é o esporte com mais medalhas olímpicas no Brasil, sendo 10 em casa e 13 no vôlei de praia.