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São Paulo (AFP) – O YouTube anunciou nesta terça-feira a remoção de vídeos que questionam a integridade das eleições gerais de 2018, para combater a desinformação antes da votação de outubro, na qual o presidente Jair Bolsonaro buscará um segundo mandato.
A plataforma digital, que já havia tomado medidas semelhantes às vésperas das últimas eleições na Alemanha ou nos Estados Unidos, disse em nota à imprensa que removeria “qualquer vídeo que mostre falsas acusações de fraude ou problemas técnicos que teriam influenciado o processo eleitoral”. resultado” há quatro anos.
Jair Bolsonaro questionou repetidamente a confiabilidade do sistema de urnas eletrônicas vigente desde 1996, alegando – sem apresentar provas – que “fraudes” o impediram de ser eleito no primeiro turno.
Essas alegações do presidente de extrema-direita levantaram temores de que ele não reconhecerá o resultado da eleição presidencial em caso de derrota, como o ex-presidente dos EUA Donald Trump, um de seus modelos.
Após a invasão do Capitólio em Washington em janeiro de 2021, Bolsonaro alertou que o Brasil teria “um problema ainda pior do que nos Estados Unidos” se continuasse usando o sistema de votação eletrônica.
O YouTube disse na terça-feira que todos os vídeos “contendo informações falsas que possam impedir os eleitores de ir às urnas” serão removidos.
“Isso inclui relatos falsos de que urnas eletrônicas foram invadidas durante a eleição de 2018”, disse a plataforma.
A pouco mais de seis meses da eleição, Jair Bolsonaro está à frente do ex-presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) nas pesquisas, mesmo que a diferença tenha diminuído para cerca de dez pontos nas últimas semanas.
© 2022 AFP