Pfizer, Coronavac ou AstraZeneca, ele tinha tudo, ou quase. Um morador do Rio de Janeiro terá que explicar às autoridades de saúde como conseguiu receber cinco doses da vacina COVID-19 em dez semanas.
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O município do Rio disse em uma carta à Agence France-Presse na sexta-feira que as autoridades sanitárias continuarão com a vacinação pentavalente até que ele “explique” como conseguiu receber essas injeções em vários centros de vacinação.
Entre 12 de maio e 21 de julho, o homem recebeu duas doses da vacina da Pfizer, duas do CoronaVac e uma da AstraZeneca, segundo a TV Globo, que pôde ver o registro digital de vacinação desse morador da zona oeste carioca. Ocasionalmente, foi vacinado em duas doses com 13 dias de intervalo.
Ele foi descoberto quando tentou obter a sexta dose em 16 de agosto.
O município explicou que o homem visitou três postos de vacinação diferentes e se aproveitou de falhas de computador, de acordo com o site de notícias G1.
Por sua vez, a Secretaria de Saúde informou que conseguiu “identificar esse homem em seu prontuário” e que ele tomaria “as providências necessárias”.
Para ser vacinado, o brasileiro deve estar na faixa etária correspondente ao esquema estipulado e apresentar documento de identidade e certificado da primeira dose antes de receber a segunda. Os centros de vacinação não oferecem uma escolha entre as diferentes vacinas.
A cidade do Rio foi gravemente afetada pelo coronavírus, obrigando-a a suspender várias vezes a vacinação de seus moradores devido à falta de vacinas.
Mas já foram registrados centenas de casos de fraude, com pessoas operando centros de vacinação em estados como São Paulo, Rio de Janeiro ou Minas Gerais para receber a vacina de sua escolha ou uma terceira dose.
O Brasil é o segundo país mais mortal depois dos Estados Unidos, com mais de 570.000 mortes devido ao COVID-19. Mas no Brasil, ao contrário de muitos outros países, o comprometimento da população com a vacinação é muito alto.