Um total de 23 dos 40 clubes da primeira e segunda divisões do futebol brasileiro formaram uma aliança nesta segunda-feira para formar sua própria Liga e contrabalançar as negociações de um primeiro grupo de oito equipes que já deram o primeiro passo para um campeonato de elite.
Em comunicado conjunto, as onze equipes da Série A e as doze equipes da Série B que compõem o bloco do chamado “Forte Futebol” anunciaram que não participarão do campeonato defendido pelas demais equipes.
No entanto, o Grupo dos 23 indicou que “não haverá Liga sem a união dos quarenta clubes participantes atualmente na Série A e B” e que após 16 de maio (data do seu próximo encontro) convidará o resto das equipas a um “consenso”.
As 23 equipes são comandadas por Athletico Paranaense e Fluminense, sendo as únicas do “grande” a fazer parte deste bloco.
A criação de uma liga no Brasil não implica a realização paralela de outro campeonato brasileiro, como aconteceu em 1987, quando os chamados “grandes times” disputaram seu próprio torneio independente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
O modelo proposto de uma Liga completa daria aos clubes mais autonomia para organizar e comercializar direitos, semelhante ao da LaLiga na Espanha, mas ainda com o aval da CBF.
Na semana passada, em reunião em São Paulo, os dirigentes dos clubes Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Santos, Bragantino, Ponte Preta, Flamengo e Cruzeiro, em sua maioria considerados clubes de elite e históricos do país, criaram o bloco “LiBra” (Liga Brasileira).
Entre as nove equipes que não alinharam nas quadras estão Botafogo, Vasco da Gama, campeões Atlético Mineiro, Bahia, Internacional e Grêmio.
