Tiago Abravanel surgiu para o público em geral longe do SBT. O relacionamento com o avô não foi dos melhores na infância. Silvio trabalhou muito e não teve tempo de construir essas pontes. Hoje, o respeito permanece.
“Quando eu era criança, não entendia o que significava ser neto do Silvio Santos. Hoje acho que ele é uma força, um exemplo. Ele é uma experiência. Significa tudo para a família”, diz o ator e apresentador, que lança este mês uma linha de pijamas em homenagem aos 90 anos de seu avô para sua marca T-Jama.
Tiago não gosta de pensar no futuro sem Silvio. “Não quero nem pensar no que é o SBT sem ele. Não só a emissora, mas o mundo, a vida. Sabemos que é inevitável, mas não quero pensar”, admite.
Para Silvia, também é difícil pensar em um nome que suceda ao pai. As filhas são as primeiras a vir à mente. “Tem gente que fez sua própria história. São únicos. Ayrton Senna, Xuxa, Pelé, Roberto Carlos? Meu pai. Claro que tem outros que podem fazer algo melhor, mas nunca vão substituí-los”, pondera.
É inevitável. Não há como as pessoas não nos comparar a ele. Sempre tive essa pressão e essa pressão. As pessoas são cruéis. Silvia é Silvia, Silvio é Silvio, Patricia é Patricia. Ele criou seu avatar e nós temos o nosso. É injusto compará-lo conosco. Você não consegue pensar em um sucessor para ele. Eu não acho que meu pai terá um. Não existe Silvio Santos 2. Espero que dure mais 100 anos. Ele pode ser seu sucessor!
Silvia Abravanel
Luciano Callegari, ex-diretor do SBT, concorda com a ideia de que o patrão é insubstituível: “O SBT é o Silvio. Sempre fará falta”.
A produtora trabalhou por 47 anos com o chefe da emissora, desde antes da existência do SBT, quando Silvio estreou seu primeiro programa, “Vamos Brincar de Forca”, exibido na extinta TV Paulista.
“É o maior animador que o país já teve. E duvido que apareça outro.”
