Um Boeing Starliner atracado na Estação Espacial Internacional

Um Boeing Starliner atracado na Estação Espacial Internacional

Esta missão, aguardada há anos, representa um grande desafio para o gigante da aviação e para a NASA.

Há dez anos, a agência espacial norte-americana encomendou às empresas norte-americanas Boeing e SpaceX dois novos veículos para transportar os seus astronautas até à Estação Espacial Internacional (ISS). Se a SpaceX já desempenha esse papel como táxi espacial há quatro anos, o programa da Boeing está anos atrasado.

Esta é a primeira missão tripulada para Starliner Destina-se a provar que o veículo está seguro para iniciar as operações normais.

Depois de decolar da Flórida no dia anterior, a espaçonave se aproximou lentamente da Estação Espacial Internacional na quinta-feira, que está localizada a 400 quilômetros acima da Terra e se move a uma velocidade de cerca de 28 mil quilômetros por hora.

A atracação ocorreu às 13h34, cerca de uma hora e vinte minutos depois do inicialmente previsto.

Problemas com alguns motores do navio usados ​​para fazer pequenos ajustes de curso atrasaram a aproximação final.

Até cinco desses pequenos lotes, de um total de 28, falharam em algum momento, explicou um comentarista durante a transmissão ao vivo da NASA. Mas quatro deles acabaram sendo reiniciados, fornecendo os números necessários para a operação.

A escotilha da nave será aberta em breve, permitindo que os astronautas Butch Wilmore, 61, e Sonny Williams, 58, entrem no interior da Estação Espacial Internacional. Eles serão recebidos por sete pessoas já a bordo do laboratório voador.

Uma coletiva de imprensa com autoridades da NASA e da Boeing está marcada para a tarde.

Vazamentos

Os dois astronautas deverão passar pouco mais de uma semana na Estação Espacial Internacional, antes de retornar à Terra a bordo Starliner.

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Durante a noite de quarta para quinta, a NASA anunciou a descoberta de dois novos vazamentos de hélio, além de um vazamento já conhecido, durante o voo na espaçonave.

Jim May, diretor da Boeing, disse em mensagem transmitida pela gigante aeroespacial na manhã de quinta-feira que esses vazamentos não representam um “risco para a segurança da tripulação, do navio ou da missão”.

Um vazamento foi identificado em um dos motores do navio antes da decolagem. Decidiu-se então não repará-lo, pois após análise, a NASA o descreveu como “pequeno” e considerou que não representava perigo.

O hélio não é um gás inflamável, mas é usado no sistema de propulsão de navios.

Não ficou imediatamente claro se esses vazamentos estavam relacionados ao problema do propelente encontrado pouco antes da atracação.

Condução manual

A espaçonave vazia já chegou à Estação Espacial Internacional uma vez em 2022, mas é a primeira vez que transporta astronautas.

Butch Wilmore e Sonny Williams já estiveram na Estação Espacial Internacional duas vezes no passado e treinaram durante vários anos para esta missão.

Algumas horas após a decolagem, eles pilotaram temporariamente a espaçonave manualmente para testar seu desempenho adequado.

“A precisão é realmente inacreditável”, disse Butch Wilmore em gravação transmitida pela Boeing na quarta-feira. “Ainda mais do que no simulador.”

Ele acrescentou: “As primeiras seis horas foram absolutamente incríveis e superaram as nossas expectativas”. “É um navio incrível.”

Programa de desenvolvimento Starliner Foi marcado por múltiplas decepções que levaram a sucessivos adiamentos.

Assim, a Boeing venceu a SpaceX, que já transporta astronautas para a Estação Espacial Internacional desde 2020.

Mas a NASA quer ter um segundo meio de transporte para poder lidar melhor com possíveis problemas em uma das cápsulas ou em caso de emergência.

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