Bête noire do ex-presidente brasileiro de extrema direita Jair Bolsonaro e sua comitiva, sobre quem ele conduz diversas investigações, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, conhecido por sua linha dura, se vê há vários dias no centro de uma polêmica, inflada e explorada por seus detratores.
O ponto de partida da controvérsia é um artigo publicado em 13 de agosto por Jornal São Paulo. O jornal diário disse que teve acesso a mensagens trocadas entre 2022 e 2023 por assessores do magistrado no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual ele era presidente na época.
Com base nesses diálogos, o jornal explica que Alexandre de Moraes solicitou “não oficialmente” aos relatórios do TSE contra aliados e apoiadores de Jair Bolsonaro suspeitos de terem liderado campanhas de desinformação sobre as eleições presidenciais de 2022. Esses relatórios teriam sido então usados para “alimentar” sua investigação sobre este assunto ao Supremo Tribunal.
“Teria sido esquizofrênico da minha parte, como presidente do TSE, me notificar”, o magistrado justificou-se no dia seguinte à publicação do artigo.
“Juiz perseguidor”
Os associados próximos de Jair Bolsonaro imediatamente se destacaram.