Análise: estratégia não funciona, erros individuais pesam e Atlético-MG vê liderança distante | Atlético-mg

Atlético-MG empatou em 2 a 2 com o Inter, no MIneirão, neste domingo (veja os lances acima), e a história do tropeço do Galo começou a ser contada uma hora antes de a bola rolar, quando a escalação foi lançada. Sampaoli optou por montar a equipe com três zagueiros. O meio-campo também não era previsível (Alan Franco, Zaracho e Nathan estavam no banco). A formação inusitada mudou a estrutura da equipe e, consequentemente, a estratégia. E não funcionou.

No primeiro tempo, o Galo, sem a bola, foi lançado em um 5-3-2 bem definido. As equipes juntaram-se aos três zagueiros na primeira linha de gol, e a segunda foi formada por Allan, Hyoran e Eduardo Sasha, que foi mais meio-campista do que atacante. Keno e Vargas jogaram mais soltos na frente. Com a bola, Réver foi o primeiro construtor da equipe, os alas avançaram, as meias apareceram na área e ganharam volume com os atacantes.

Keno teve boa atuação contra o Inter – Foto: Agência i7 / Mineirão

Essa era a ideia, mas a leitura do jogo do Inter era precisa e rápida. Aos 15 do primeiro tempo, o Colorado já havia entendido o que o Galo queria e já marcava com certa facilidade todas as ações ofensivas da equipe e de Jorge Sampaoli. Naquela ocasião, ainda, a equipe da casa já havia sofrido o primeiro gol, que entrou em jogo pela direita do Inter, que resultou em cruzamento na área e de cabeça de Yuri Alberto, antecipando Guga e Igor Rabello (ambos falharam) .

O cenário exigia mudanças. Sampaoli tinha opções no banco (jogadores, inclusive, que eram mais bem cotados para começar a jogar do que alguns dos 11 iniciais). A equipe voltou com a mesma escalação. Mas voltou melhor, é verdade. Em 12 minutos, três boas chances surgiram. Keno acertou, Guga perdeu o passe dentro da área, Sasha cabeceou a tinta. A superioridade se transformou em uma reviravolta aos 15, quando Keno fez uma grande jogada e cruzou para Hyoran, como atacante, marcar de cabeça.

Mais uma vez, poderia ser um “despertador” para o Atlético, que, até então, estava longe de mostrar a intensidade e o futebol de um dos candidatos a este Brasileirão. O efeito foi o oposto. A equipa parou, viu o Inter ganhar terreno e, ao contrário do que prega Jorge Sampaoli, instalou-se com o mínimo de vantagem.

Jorge Sampaoli durante Atlético-MG x Internacional – Foto: Agência i7 / Mineirão

Assim como os erros individuais de Igor Rabello (os piores do primeiro tempo), Allan vacilou muito e machucou a equipe nos minutos finais. Ele tinha a bola sob controle e poderia escapar, mas ele escolheu se proteger e recuar para Réver. O capitão tentou se isolar. A bola atingiu Maurício, esquerda para Peglow, gol do Inter. Punição para uma equipe que jogou muito menos do que pode. Punição também para Jorge Sampaoli, que demorou a “responder” ao que estava claro em campo: a estratégia inicial não funcionou – a primeira substituição foi aos 25 da segunda parte.

O futebol não é apenas um resultado, mas é obviamente muito importante. E a falta dele no Mineirão custou muito caro: ele deixou o Atlético longe da liderança – distância que pode aumentar na quarta-feira, quando o São Paulo “paga” o jogo que deve contra o Botafogo, no Morumbi, e pode abrir sete pontos para o mineiro stalker. Os matemáticos que trabalham com probabilidades no futebol certamente verão, nos próximos relatos, o que a bola rolando mostrou no Mineirão: o Galo ainda está vivo, mas se distanciou da possibilidade de título.

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