BRASÍLIA (AFP) – Parlamentares brasileiros aprovaram, nesta quarta-feira, um projeto de lei sobre o uso de agrotóxicos, apelidado Conta de veneno. por seus críticos, mas que seus proponentes afirmam que ajudará a modernizar a agricultura.
Esse projeto, que tramita desde 2002, foi aprovado por 301 votos a 150, com 2 abstenções e ainda precisa ser aprovado pelo Senado.
Ele é apoiado pelo presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro, que, desde que chegou ao poder em 2019, tem promovido vários projetos favoráveis à agricultura – um grande player da economia brasileira – mas tem sido frequentemente criticado por ambientalistas.
[Brésil : déforestation record en Amazonie en janvier]projeto de lei suaviza As regras para o uso de agrotóxicos no Brasil conferem ao Ministério da Agricultura autoridade para licenciar novos produtos. O atual processo de licenciamento é mais complexo e requer a participação de vários órgãos de saúde e ambientais.
As organizações de defesa do meio ambiente alertam para os riscos que acreditam que essa disposição acarreta, pois o impacto dos agrotóxicos na saúde humana e no ecossistema não será avaliado pelos órgãos competentes antes do licenciamento.
“Eles liberam veneno para enviar para nossos pratos.”O líder da oposição parlamentar, Alessandro Molon, alertou que a nova lei terá consequências “Irreversível” Pela saúde dos brasileiros.
[Valérie Murat, porte-parole de l’association Alerte aux toxiques : « le lobby du vin ne veut pas qu’on sache comment leurs vins sont produits, les pesticides employés et leurs impacts sur la santé et l’environnement »]governo de Bolsonaro “É escolher um modelo que adoece, desmata e mata.”A organização ambiental denunciou área verde.
Por sua vez, os defensores do projeto argumentam que as novas regras vão aumentar a produção, baixar os preços e garantir a segurança alimentar no Brasil.
O Brasil precisa “Medidas defensivas (para suas plantações), pois ele precisa de vacinas, que também são uma cura”disse o deputado Diego Andrade, dos sociais-democratas, que integra a coalizão de governo de Bolsonaro.
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