Brasil: sexto corte consecutivo na taxa básica, para 10,75% – 20 de março de 2024 às 23h21

Brasil: sexto corte consecutivo na taxa básica, para 10,75% – 20 de março de 2024 às 23h21

Brasília (awp/afp) – O Banco Central do Brasil reduziu sua taxa básica nesta quarta-feira para 10,75%, a sexta redução consecutiva de 0,5 ponto, graças à inflação controlada.

A decisão, em linha com as previsões dos analistas, foi tomada por unanimidade pelos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, ao final da segunda reunião do ano.

A taxa básica brasileira, chamada Selic, foi reduzida pela primeira vez em três anos em agosto passado, quando ficou em 13,75%.

As sucessivas quedas fizeram com que atingisse na quarta-feira o nível mais baixo desde fevereiro de 2022 (9,25%).

O Copom informou em nota que pretende fazer reduções “da mesma magnitude em suas próximas reuniões”. O próximo está previsto para maio.

Desde o seu regresso ao poder, em janeiro de 2023, o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva tem insistido em pedir uma redução da Selic, acreditando que esta taxa de juro – uma das mais altas do mundo – estava a dificultar o crescimento.

O Copom finalmente iniciou um ciclo de redução gradual em agosto, mas Lula acredita que essa redução deverá ser mais acentuada.

“Não há explicação econômica para manter uma taxa tão elevada”, declarou nesta segunda-feira em entrevista ao canal SBT.

Mas continua sendo necessária cautela por parte do Banco Central, devido às crescentes “incertezas” em relação à inflação, tanto no nível brasileiro como internacional, explicou o Copom em seu comunicado.

“A autoridade monetária deve agir de forma prudente e conservadora”, já havia declarado Gabriel Galipolo, diretor de política monetária do Banco Central, no mês passado.

Em Fevereiro, a inflação mensal situou-se em 0,83%, face a 0,42% em Janeiro.

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A inflação ao longo de um ano está, portanto, no limite do intervalo – entre 2% e 4,5% – pretendido pelo Banco Central.

O custo dos alimentos aumentou notavelmente 2,34% nos primeiros dois meses do ano.

Analistas e instituições financeiras consultados pela pesquisa Focus semanal do Banco Central esperam que a inflação fique em 3,77% em 2024, e uma taxa básica de 9% até o final do ano.

Nos Estados Unidos, a Reserva Federal (Fed) decidiu manter as taxas inalteradas na quarta-feira, num nível historicamente elevado (entre 5,25% e 5,50%), tendo o seu presidente Jerome Powell considerado a inflação ainda demasiado “alta”.

afp/rp

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