O Brasil viu o seu produto interno bruto recuperar para 0,8% no primeiro trimestre, graças em particular ao aumento do consumo das famílias, após a segunda metade da recessão do ano passado, segundo dados oficiais publicados terça-feira.
Descobriu-se que a evolução do PIB da maior economia da América Latina foi ligeiramente superior à previsão média dos especialistas consultados pelo diário económico Valor, que esperavam 0,7%.
Em um ano, cresceu 2,5%, segundo estatísticas do IBGE.
“Isso prova que estamos caminhando na direção certa”, disse o presidente esquerdista Luiz Inácio Lula da Silva no X (antigo Twitter) logo após a publicação dos resultados. Ele afirmou repetidamente nos últimos meses que o crescimento económico será superior ao esperado.
De acordo com números revisados publicados na terça-feira, o Brasil registrou um crescimento próximo de zero (+0,1%) no terceiro trimestre de 2023, antes do PIB contrair 0,1% no quarto trimestre.
O economista independente Andre Perfetto explicou em entrevista que a recuperação no primeiro trimestre foi “afectada pelo aumento de 1,5% no consumo das famílias (…), que se deve ao aumento da massa salarial devido à diminuição do desemprego desde o último ano.” Comunicado de imprensa.
O setor agrícola voltou a ser o motor do crescimento brasileiro, com aumento de 11,3% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre.
Mas foi menos eficiente do que há um ano, com o IBGE reportando uma queda de 3% em relação aos primeiros três meses de 2023, com “perda de produtividade” em particular nas culturas de soja, milho e tabaco.
O setor industrial recuou 0,1%.