lá Novo Banco de Desenvolvimento (NDB)criada pelos países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), se prepara para aumentar seus financiamentos e empréstimos utilizando as moedas nacionais dos membros do grupo.
O anúncio, que estará no centro das discussões na próxima cúpula do BRICS, de 22 a 24 de agosto, em Joanesburgo, foi feito pelo ministro das Finanças da África do Sul.
Reduzir o risco cambial
Uma das prioridades do Banco Nacional de Desenvolvimento é reduzir os riscos associados às flutuações cambiais. Em vez de embarcar em uma desdolarização completa, os Estados membros expressaram sua intenção de minimizar o impacto das mudanças nas taxas de câmbio, aumentando o uso de suas moedas para financiamento e empréstimos bancários.
Esta iniciativa foi motivada principalmente pelas sanções impostas pelos países ocidentais à Rússia, que é acionista do Banco Nacional de Desenvolvimento. Essas sanções enfatizaram a necessidade de os membros da coalizão reduzirem sua dependência do dólar americano nas transações financeiras internacionais.
Segundo o ministro das Finanças sul-africano, “a maioria dos países membros do NDB tem incentivado a instituição a fazer empréstimos em suas moedas locais”. Esta abordagem tem muitas vantagens estratégicas, incluindo a redução dos riscos associados às flutuações do dólar americano e a promoção do uso das moedas nacionais dos Estados membros.
Banco Nacional de Desenvolvimento reforça seu papel como instituição multilateral de desenvolvimento
Ao incentivar o financiamento em moedas nacionais, o Banco Nacional de Desenvolvimento fortalece seu papel como instituição multilateral de desenvolvimento, oferecendo alternativas aos mecanismos de financiamento tradicionais dominados pelas moedas ocidentais.
O foco no financiamento em moeda local reflete a mudança na dinâmica econômica global e o desejo dos países do BRICS de desempenhar um papel mais influente no sistema financeiro internacional. Segundo os observadores, esta etapa mostra a determinação dos Estados membros em aumentar sua cooperação econômica e reduzir sua exposição a riscos financeiros associados a flutuações nas taxas de câmbio.